Guilherme Freire – Duna de Frank Herbert

Guilherme Freire comenta Duna, o clássico romance de Frank Herbert de onde surgiram vários filmes, séries televisivas, HQs e games. Apresenta o autor, suas influências, sinopse, principais elementos e curiosidades. [Acesse a descrição completa]

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Neste vídeo, Guilherme Freire comenta Duna, o clássico e influente romance de Frank Herbert que deu início a um fascinante universo de ficção científica palco não apenas de livros, mas também de filmes, séries televisivas, revistas em quadrinhos e games, inclusive um dos meus preferidos de todos os tempos, o Dune II: The Building of a Dynasty.

Duna é um romance americano de 1965 publicado originalmente em duas séries separadas na revista Analog. Considerado o romance de sci-fi mais vendido do mundo, seu enredo se passa em um futuro distante em meio a uma sociedade interestelar na qual várias casas nobres controlam espécies de feudos planetários.

A história do livro original se foca em Paul Atreides, um jovem nobre cuja família aceita a administração do planeta Arrakis. Embora o planeta seja um deserto inóspito e pouco povoado, é a única fonte de spice melange, uma droga que prolonga a vida e aumenta as habilidades mentais e é intimamente ligada às sandworms, aquelas minhocas gigantes que são um dos elementos mais característicos de Duna.

Como a inteligência artificial é vista com muita desconfiança nesta sociedade (deu uma treta danada no passado), só os supercomputadores humanos – os mentats, que vivem brisados de spice – conseguem realizar os cálculos de navegação espacial, o que requer um tipo de consciência multidimensional e previsão que apenas a droga fornece. Desta forma, o controle de Arrakis é um empreendimento cobiçado e perigoso.

O romance explora bastante as múltiplas interações de política, religião, ecologia, tecnologia e emoção humana, enquanto as facções do império se confrontam em uma luta pelo controle de Arrakis e, consequentemente, do spice. Se você acha aquela novelinha Game of Thrones complicada, não vai ter spice suficiente que te fará entender as maquinações de Duna.

Enfim, Dune empatou com This Immortal, de Roger Zelazny, no Hugo Award de 1966, e ganhou o Nebula Awards inaugural de Melhor Romance. Herbert ainda escreveu cinco sequências: Dune Messiah, Children of Dune, God Emperor of Dune, Heretics of Dune e Chapterhouse: Dune. O autor faleceu em 1986, mas, a partir de 1999, uma série de continuações, incluindo prequelas e sequências, foram coescritas por Kevin J. Anderson e o filho do autor, Brian Herbert.

As principais adaptações do romance foram notoriamente difíceis e complicadas. Na década de 70, o cineasta cult Alejandro Jodorowsky tentou fazer um filme baseado em Duna, mas, depois de quase três anos em desenvolvimento, o projeto foi cancelado devido a um orçamento em constante crescimento. Em 1984, uma adaptação para o cinema dirigida por David Lynch (um dos cocriadores do Twin Peaks), foi lançada com reação negativa. Mas o filme é bom sim e acabou sendo adaptado num jogo de estratégia maneiro de 1992 que zerei com a ajuda deste detonado.

O livro também foi adaptado em minisséries do canal Sci-Fi: Frank Herbert’s Dune (2000) e sua seqüência de 2003, Frank Herbert’s Children of Dune (que combina os eventos de Dune Messiah e Children of Dune). Gostei muito das duas. Além disso, como dito acima, Duna também tem uma série de games, jogos de tabuleiro, músicas, HQs, audiobooks e um novo filme que está marcado para sair em 22 de outubro de 2021. Aliás, a iminência do lançamento desta nova adaptação foi um motivo para o professor Freire lançar esse vídeo.

De fato, Duna é enormemente influente. Além das adaptações oficiais, dá para notar sua inspiração e referências em vários outros trabalhos da cultura pop, incluindo Guerra nas Estrelas, Jornada nas Estrelas, Chronicles of Riddick, The Kingkiller Chronicle, Futurama e uma animação japonesa longa metragem de 1984 criada por Hayao Miyazaki, Nausicaä of the Valley of the Wind.

Duna também foi parodiado no National Lampoon’s Doon de 1984 por Ellis Weiner, que William F. Touponce chamou de “uma espécie de tributo ao sucesso de Herbert nos campi universitários”, observando que “o único outro livro tão homenageado foi O Senhor dos Anéis de Tolkien,” o qual, por sua vez, foi parodiado por The Harvard Lampoon em 1969.

Freire (que também analisou The Lord of the Rings, diga-se de passagem) apresenta o autor de Duna, suas influências, a sinopse e os principais personagens e elementos da obra, caracterizando-os e compartilhando uma porrada de curiosidades nesse meio tempo. Ele também faz alguns paralelos com outras franquias, como o Star Wars.

Pra quem não conhece, Guilherme Freire é um professor, conferencista e palestrante em Filosofia e Educação. Ele tem feito uns vídeos muito bons em seu canal, os quais recomendo e adiciono aqui, sempre que julgo que o conteúdo tem ver com a Gaming Room.

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Vídeo adicionado em: 18 de julho de 2021

Categoria(s): Vídeos

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Canal: Guilherme Freire

Acessado: 232 vezes.

Duração: 10:38

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