Retrospectiva de Medal of Honor

Neste post, trazemos uma análise do GmanLives de todos os Medal of Honor que acaba sendo uma retrospectiva de todos os títulos desta franquia lançados até 28 de dezembro de 2022, data da publicação original do vídeo em destaque.

Criada por ninguém menos que Steven Spielberg com o intuito de oferecer uma experiência cinematográfica em primeira pessoa inspirada na Segunda Guerra Mundial, a franquia Medal of Honor estreou em 1999, baseada em missões históricas e intensas. Trata-se de uma série pioneira, que evoluiu ao longo de mais de 20 anos, passando por diferentes teatros de guerra e buscando sempre inovar em jogabilidade e narrativa, o que estabeleceu um novo padrão para FPS, especialmente durante os anos 2000.

No vídeo, que infelizmente não tem legendas em PT-BR, GmanLives revisita títulos da icônica franquia, ressaltando suas contribuições, impactos, inovações e os desafios enfrentados ao longo de sua história. De clássicos a tentativas de reinvenção, a série passou por altos e baixos ao longo de sua história. Talvez fique bom mandar traduzir as legendas automáticas ao português (tenta aí na barra de reprodução do vídeo), o que vai melhorar o nosso mergulho nessa retrospectiva e entender a importância de cada jogo para a evolução de Medal of Honor.

Minutagem

Na lista abaixo, consta os minutos onde cada assunto principal do vídeo começa:

1. 0:00:00 – Introdução;
2. 0:01:35 – Medal of Honor;
3. 0:08:24 – Underground;
4. 0:13:49 – Underground (GBA);
5. 0:16:51 – Infiltrator;
6. 0:19:27 – Allied Assault;
7. 0:25:48 – Versus Call of Duty;
8. 0:27:00 – Frontline;
9. 0:31:57 – Rising Sun;
10. 0:37:45 – Pacific Assault;
11. 0:46:49 – European Assault;
12. 0:51:48 – Heroes;
13. 0:54:24 – Heroes 2;
14. 0:56:39 – Heroes 2 (Wii)
15. 1:00:08 – Vanguard;
16. 1:05:13 – Airborne;
17. 1:11:09 – Medal of Honor (2010);
18. 1:16:00 – Warfighter;
19. 1:19:49 – Outro;
20. 1:21:05 – Financiadores do GmanLives (apoie-nos você também!).

A seguir, fizemos um resuminho de alguns dos títulos principais da franquia pra ajudar quem não entende inglês se situar mais ou menos no assunto do vídeo:

Medal of Honor – O início

Lançado no PlayStation em 1999, o primeiro Medal of Honor nos apresenta Jimmy Patterson, um espião da OSS (Office of Strategic Services), em missões de sabotagem e espionagem contra o exército nazista. O jogo trouxe uma nova perspectiva para jogos de guerra ao focar na experiência realista, oferecendo uma trilha sonora atmosférica de Michael Giacchino e mecânicas inovadoras para a época, incluindo elementos de furtividade e uma IA avançada, onde os soldados reagiam de maneira variada ao fogo cruzado. Esse título estabeleceu o tom cinematográfico que viria a definir a série.

Medal of Honor: Underground (2000) – Resistência Francesa

No ano seguinte, Underground trouxe uma protagonista feminina, Manon Baptiste, que luta pela Resistência Francesa, os franceses que, na Segunda Guerra, não concordaram em vender seu país a Hitler em troca de poder fazer pão e aqueles queijos fedorentos (os de Minas que são top).

Enfim, Underground foi elogiado por introduzir uma narrativa focada na resistência civil contra o domínio nacional socialista, um tema raro nos jogos de tiro. A ambientação em cenários urbanos da França, incluindo catacumbas e missões de sabotagem, conferiu um charme especial ao título. Mesmo com limitações técnicas do PlayStation, este FPS apresentou uma trilha sonora e uma ambientação ainda mais detalhadas, consolidando Underground como um dos favoritos dos fãs.

Medal of Honor: Allied Assault (2002) – Quake 3 entrou no meio, e aí não tem pra ninguém

Em 2002, Allied Assault marcou a estreia da série nos PCs. Utilizando o engine do Quake III Arena, o jogo revolucionou o gênero com uma recriação brutal e detalhada do desembarque na Normandia. A missão “Omaha Beach” foi aclamada como uma das sequências mais intensas e realistas de batalhas já vistas até então. Além disso, o design de mapas permitia abordagens variadas, favorecendo estratégias tanto de combate direto quanto de furtividade. Allied Assault estabeleceu um novo padrão para o realismo em game de guerra e é, até hoje, um dos títulos mais reverenciados da série.

Medal of Honor: Frontline (2002) – Sucesso no console

Frontline trouxe o personagem Jimmy Patterson de volta, desta vez enfrentando o exército alemão nas praias da Normandia e em missões que incluíam desde resgates até operações de sabotagem. A experiência cinematográfica continuou sendo o ponto forte, com uma jogabilidade adaptada para consoles e ambientes detalhados. Embora limitado graficamente em comparação com Allied Assault, Frontline teve uma recepção calorosa e é lembrado por suas cinemáticas e narrativa envolventes.

Medal of Honor: Rising Sun (2003) – Uma nova frente de batalha

Rising Sun se destacou por explorar o teatro de guerra do Pacífico, iniciando com o ataque a Pearl Harbor. Apesar de uma sequência inicial impressionante, o jogo não conseguiu manter a intensidade ao longo da campanha. O design repetitivo das missões e a mecânica de combate simplificada resultaram em críticas mistas. Contudo, foi elogiado por oferecer uma nova perspectiva e por seu modo cooperativo, permitindo aos jogadores lutar lado a lado no mesmo console.

Medal of Honor: Pacific Assault (2004) – Tentativa de realismo

Este título foi uma tentativa de melhorar a experiência no Pacífico, com foco no personagem Tommy Conlin e seu esquadrão. Introduziu um sistema de regeneração baseado no “medic”, onde os jogadores podiam ser revividos em combate. GmanLives elogia a atmosfera de combate e a fidelidade histórica, mas aponta falhas no design de IA e missões repetitivas. Apesar disso, Pacific Assault é lembrado por sua abordagem realista e pelo foco nas batalhas do Pacífico.

Medal of Honor: European Assault (2005) – Liberdade no campo de batalha

Diferente dos títulos anteriores, European Assault oferecia uma estrutura mais aberta, onde o jogador tinha liberdade para completar objetivos em ordem. William Holt, o protagonista, é um agente OSS enviado a missões secretas na Europa. A variedade de cenários, incluindo Stalingrado e o Norte da África, trouxe diversidade para a série. O título foi bem recebido, embora o design focado em ação constante fosse criticado por carecer da profundidade estratégica de jogos anteriores.

Medal of Honor: Airborne (2007) – Liberdade dos saltos parabólicos

Com Airborne, a série introduziu o conceito de “salto livre”, em que os jogadores podiam escolher onde pousar em um mapa aberto, criando uma nova dimensão tática, o que tornou cada missão mais versátil e estratégica, destacando-se como um dos títulos mais criativos da franquia. A mecânica de saltos foi elogiada pela originalidade, e os gráficos impressionaram, embora o game sofresse com alguns problemas de desempenho.

Medal of Honor (2010) – Mudança para o cenário moderno

Medal of Honor (2010) marcou a transição para um ambiente contemporâneo, no Afeganistão, e adotou uma estética mais realista, inspirada em operações militares recentes. Com um sistema de combate tático e gráficos aprimorados, o título tentou competir diretamente com Call of Duty, mas teve uma recepção mista. Isso é algo que considero sempre uma burrice: descaracterizar seu trabalho para competir com outra franquia que já domina seu campo. Você perde na competição e ainda aliena seus fãs fiéis.

De toda forma, a narrativa foi elogiada por explorar a complexidade da guerra moderna, mas a falta de inovação no multiplayer o colocou em desvantagem frente aos concorrentes.

Medal of Honor: Warfighter (2012) – Tentativa de revitalização

O Warfighter expandiu o conceito moderno de seu antecessor, oferecendo operações militares globais e um multiplayer mais refinado. Porém, enfrentou uma recepção fria devido a bugs e uma narrativa confusa. Apesar dos visuais impressionantes, Warfighter acabou sendo o último título principal da série, deixando a franquia em hiato após uma recepção decepcionante, pelo menos até o momento da publicação deste vídeo do Gman.

Legado

A série Medal of Honor não apenas teve um impacto significativo aos FPS (claro, pálido em relação do Doom), como também trouxe a Segunda Guerra Mundial para o mundo dos games com um nível de intensidade e respeito pelo tema inigualáveis. Mesmo com altos e baixos, a franquia permanece um marco na evolução dos shooters e na representação dos horrores e heroísmos do combate.

Seja no desembarque na Normandia em Allied Assault, na Resistência Francesa de Underground, ou na adaptação para a guerra moderna em Warfighter, Medal of Honor deixa um legado que ecoa no gênero até os dias atuais. Aliás, muita gente procura coisa de MoH até hoje.

De repente, tem algo de bom mesmo aí.

Mas deixe aí o que você acha dessa franquia, suas experiências com ela e qual o melhor título da mesma nos comentários.

Abraços!

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