Remake orquestral da trilha sonora do Ryu do Street Fighter II por Patrick Gill, Dragon Punch. Esta faixa do Street Fighter: Assassin's Fist é uma fusão perfeita entre heroísmo e nostalgia e exalta a determinação e o espírito de luta de Ryu. [Acesse a descrição completa]
Estou trazendo pra cá, à Gaming Room, o remake orquestral da trilha sonora do Ryu do Street Fighter II, por Patrick Gill. A faixa, intitulada Dragon Punch, foi composta como parte de uma proposta para o curta-metragem de fãs Street Fighter: Legacy e, posteriormente, integrou a trilha sonora do excelente Street Fighter: Assassin’s Fist (Street Fighter: Punho Assassino) — provavelmente a melhor adaptação live action de um videogame que jamais existiu e existirá.
Trata-se de uma canção que me emociona profundamente. Veja bem, enquanto o Conan nasceu num campo de batalha, eu nasci num fliperama e, naqueles tempos, este tipo de estabelecimento, dependendo do bairro onde se encontrava, podia ser também um campo de batalha, onde imperava o enigma do aço (e/ou o enigma do chumbo). Então, esta música faz parte da minha criação.
Outra coisa que imperava nos fliperamas no início dos anos 90 era o Street Fighter II, sempre no centro da ação. Alguns ruminantes emocionados irão dizer que a trilha do Guile é a mais icônica, mas a verdade é que a canção do Ryu — lutador que transmite (ou pelo menos transmitia até onde pude acompanhar) o mais puro heroísmo, valentia e determinação — é a mais icônica, sempre me chamando a atenção quando ecoava nos estabelecimentos. É interessante também que, pelo menos antes da gente descobrir as manhas, o Ryu era um dos mais embaçados numa partida, daí quando esta BGM estava sendo reproduzida, podia significar que era hora de ficar esperto, por que o bicho ia pegar. Claro, também incluo Ken, seu eterno rival e companheiro, neste contexto, mas, como a música aqui é a do Ryu, vamos nos ater a este praticante do Shotokan.
Voltando ao assunto, em 2009, o compositor Patrick Gill revisitou essa melodia, trazendo uma fusão perfeita entre heroísmo e nostalgia. A orquestração exalta a determinação e o espírito de luta de Ryu ao mesmo tempo em que preserva a essência de uma canção que se tornou um marco indelével nos videogames. Cada nota evoca memórias de confrontos épicos de épocas mais simples, mais heróicas.
Segundo o próprio Patrick, a canção foi feita originalmente como um pitch para o diretor de Street Fighter: Legacy, que lhe pediu para fazer. Originalmente, o remake foi feito apenas por diversão e ele não tinha ideia de que ele estava considerando fazer Legacy. Acabou que deu tudo certo, e a faixa acabou aparecendo no Punho Assassino também, especialmente na parte onde Ryu e Ken treinam perto do lago, com o velho japonês que ficava zuando o gaijin (Ken) começando a entoá-la na flauta. É um momento sublime do live action.
Revisitar essa obra-prima em um formato que dialoga tanto com a grandiosidade deste lutador quanto com a história dos fãs é uma viagem aos tempos em que os fliperamas eram um segundo lar. Ora, lembro distintamente que o som de Street Fighter II podia ser escutado mesmo em meio a uma barulheira danada, e sempre convidando a tentar mais uma ficha (muitas vezes meiando com algum pivete gente boa que de alguma forma era viciado pra caramba e sempre te passava várias dicas). Vale dizer também que graças ao trabalho de vários artistas, como Patrick Gill ou Mega Driver, o legado da inesquecível e marcante trilha sonora deste gigante incontestado dos games será eternizado.
Se você, assim como eu, cresceu entre máquinas de fliperama e partidas emocionantes, esse remake orquestral é muito mais do que música — é uma viagem de volta a tempos mais puros.
Abraços!
Vídeo adicionado em: 4 de janeiro de 2025
Tags: Remake, Street Fighter (Série)
Canal: Patrick Gill
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Duração: 03:50