Um bando de governadores mais boçais do que o normal querem mais impostos, desta vez, sobre os games. A desculpa é para arrecadar dinheiro para segurança pública.
Um bando de governadores mais boçais do que o normal querem mais impostos, desta vez, sobre os games. A desculpa é para arrecadar dinheiro para segurança pública. A ideia foi discutida durante uma reunião realizada nesta terça-feira (8) em Brasília.
O que parece é que a gente não pode ter um dia de sossego. Como se não bastasse juízes proibindo acesso a sites, leis diversas tentando controlar a internet, os recorrentes ataques aos conteúdos dos jogos (tipo isso ou isso), falcatruas e agressões por partes das empresas, ainda tem parasita querendo extorquir a gente ainda mais.
Resolvi comentar mais esta no Notícias do Facínora 96, o que encontra-se a seguir:
Como fundo do vídeo acima, resolvi jogar uma partida do Hack M7 do Street Fighter II’ – Champion Edition, um dos chamados “Street Fighter de rodoviária”. Melhorei um pouco em relação ao meu desempenho no Notícias do Facínora 87.
Esta ideia criminosa foi discutida num tal de Fórum de Governadores (evento certamente bancado com dinheiro de impostos). Segundo uma estimativa preliminar, isto “arrecadará” até R$ 18 bilhões, caso a proposta acintosa apresentada por Wellington Dias seja posta em prática. Pra quem não conhece, Dias é aquele da fibra ótica e o melhor governador, segundo os influencers pagos (e sabe-se lá com qual dinheiro).
João Dória, governador de São Paulo, adorou. Esse conhecido socialista afirmou, depois da negociata, que a ideia “pareceu uma sugestão bem-vinda, já que os jogos eletrônicos através da internet não são taxados. Todos os jogos pagam imposto, não é razoável que o jogo eletrônico através da internet, sobretudo realizado fora do Brasil, aconteça sem a aplicação de impostos. Um dos governadores fez essa sugestão, ela foi bem percebida pelos demais governadores“. De forma oportuna, é claro, o ex-Bolsodória apoia algo que vai contra a necessidade de uma desregulamentação do mercado, para que haja algum crescimento econômico nos próximos anos que não seja apenas um aumento momentâneo no PIB, coisa que até alguns políticos, por incrível que pareça, já perceberam aqui e aqui.
Por outro lado, o atual governador do RJ, Wilson Witzel, é contra a medida e defende melhora na gestão do sistema, declarando que “Isso entrou em discussão. Nós já gastamos demais com segurança. Se continuarmos discutindo as mesmas coisas, nós vamos continuar colocando mais dinheiro na segurança pública e não vamos obter resultado. O problema é de gestão. É preciso fazer maior integração das políticas, melhorar a qualidade da investigação, criar varas especializadas como estamos criando no Rio de Janeiro. Tudo isso vai dar mais efetividade. Não adianta querer gastar mais dinheiro em cima de algo que está ruim“.
Segundo vi, um dos temas mais tratados na reunião foi o debate sobre segurança pública, o que provavelmente resumiu-se a choradeira em busca de mais verba do governo federal e tal, como se as quantidades absurdas de dinheiro que eles já arrancam da gente não fosse suficiente. Vale ressaltar que escolheram a questão da segurança pública, um assunto importante para o brasileiro contemporâneo, para justificar mais este disparate.
Mas, pensando bem, é claro que falta dinheiro mesmo para segurança pública. Até o Witzel percebeu isso. Veja bem, exceto por idiotas úteis e alquimistas econômicos como Ciro Gomes, que acreditam que a riqueza viola a Lei da Conservação das Massas de Lavoisier (“num sistema fechado, nada se perde, nada se cria”), é realmente difícil entender como vai sobrar dinheiro para a polícia e tal, depois de pagar um tanto de fiscal para verificar se tem sal nas mesas dos restaurantes, se estão vendendo bebidas nas lojas de conveniência dos postos de gasolina, se está todo mundo com farol ligado nas estradas ou se estão usando sachês ou bisnagas de catchup nas lanchonetes e barraquinhas de cachorro-quente. Também, não é barato manter esse tanto de secretarias dos lacres ou departamentos do cabidão, como você sabe. O orçamento fica complicado mesmo.
Uma pessoa normal poderia sugerir um corte de gastos, mas isto não entra no vocabulário de quem se preocupa apenas com resultados aparentemente bons e imediatos, os que vencem eleições. É como diria o Lorde Keynes: “no longo prazo, estaremos todos mortos”. Daí, só resta mesmo roubar ainda mais as pessoas que verdadeiramente trabalham, dificultar sua poupança, causar mais distorção no mercado etc.
Como disse o pós-doutor em economia Adolfo Sachsida certa vez, ajuste fiscal no Brasil não pode ser feito via aumento de impostos, pois, logo no próximo período, já se nota um aumento dos gastos. Ou seja, quanto mais dinheiro esses caras “arrecadam”, mais irão gastar, o que representa um círculo vicioso onde cada vez mais multas e impostos são criados para sustentar seus projetos megalomaníacos de governo.
Agora, se você entendeu tudo o que eu disse até agora, deve estar se perguntando como é que uma situação desta, a qual não é de modo algum nova, se mantém. É simples, além daqueles que vivem no mundo fantástico do Bob, onde as empresas não aumentam os preços diante de um aumento de impostos porque elas já lucram demais (que ninguém leva muito a sério, felizmente), basta ver esses sujeitos que ficam dizendo por aí que não se importam em dar mais dinheiro para o estado em troca de uma sensação de segurança. E até já apareceu uns aí, inclusive. Não vou citar nomes, mas invariavelmente têm cara de soyboy ou são aqueles sujeitos pitorescos com aspecto lombrosiano.
Outro denominador comum entre quem apoia ainda mais abusos por parte do estado, é a ignorância de que uma hora a fonte seca e que ninguém deveria ser obrigado a sustentar gente histérica que delega a obrigação de proteger a si e a sua (suposta) família a um sujeito como João Dória.
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Só escrevo uma coisa: imposto é roubo!
correcto.