Stadia, o tal serviço revolucionário de cloud gaming do Google, foi lançado recentemente, mas no meio de decepções e mentiras. Se tratando do Google, isto pode significar que o 'futuro dos games', vai ficar no passado.
Stadia, o tal serviço revolucionário de cloud gaming do Google, foi lançado recentemente (19/11/2019), mas no meio de decepções e mentiras.
Além de não cumprir a maior parte das promessas, fazer os usuários de trouxas e, como o de costume, ignorar a comunidade completamente, o Google tentou chamar a atenção ao lançar um controle de gênero neutro, uma prioridade imprescindível, ao que parece.
Todavia, resolvi falar sobre mais essa presepada na 106ª edição das Notícias do Facínora:
Já havíamos falado sobre cloud gaming no Notícias do Facínora 30, onde tentei explicar um pouco melhor o que é isso, mas tendo em mente o serviço da NVidia, o GeForce Now. Dê uma lida nesta publicação a respeito, se tiver curiosidade.
Enfim, a picaretagem mais evidente do Google no lançamento do Stadia deve ser o fato de terem prometido jogos com resolução animal (4k, 60 fps e HDR), mas chegando na hora, não era nada disso. Descobriram que era apenas um upscale, algo similar ao que o ZDoom faz com o Doom clássico – o uso de filtros ou outros artifícios para que os sprites ou texturas originais com baixa resolução fiquem mais apresentáveis em monitores com resoluções maiores –, só que, no caso do Stadia, isso não é aceitável, ainda mais pra quem pagou pelo serviço premium da plataforma.
Parece que quem fez uns testes e deixou mais evidente foi o site Digital Foundry, que lançou o vídeo abaixo:
Parece que o Google ainda tentou colocar a culpa nos desenvolvedores ou na internet sei lá. Teve também o caso de quem fez a pré-compra do tal Founder’s Edition, mas não receberam o código de acesso, embora, neste caso, a empresa tenha reconhecido este problema. Não creio que vão dar o cano, mas, mesmo assim, colabora para queimar o filme do Stadia. O tweet onde a empresa reconhece o problema segue abaixo:
http://twitter.com/GoogleStadia/status/1196957684731219969
Também foram notados lag input durante as partidas, a baixa quantidade de jogos (24 e uns pouco a mais no lançamento) e o fato de não haver nenhum desconto para comprar os títulos para jogar no Stadia. Ou seja, quem assinar o serviço vai ter que comprar o game em seu full price também.
O fiasco não parou por aí, com hardware dando dor de cabeça também. Diz-se que está difícil de achar os controles próprios do Stadia e o Chromecast Ultra, o aparelho que parece ser necessário para quem assinou o serviço, anda superaquecendo e desligando sozinho. O Google negou que isso esteja acontecendo.
Como você pode ver nos vídeos abaixo, muitos veículos de mídia mainstream e canais criticaram a plataforma, apontando problemas e deficiências em menor ou maior grau. E já era de se esperar, até porque o Google não ouviu a comunidade novamente e achou que ia arrepiar mesmo assim.
Diria que o cloud gaming é realmente é uma ideia revolucionária, mas não iria ganhar o mundo nessa moleza e de um dia pra outro mesmo não. Acho que a empresa acabou subestimando os riscos ou foi arrogante, sei lá.
E o futuro do Stadia não parece muito promissor. O Google não é muito de ficar chutando cachorro morto. Quando algum de seus produtos não dá MUITO certo logo de cara, não demora muito até ser abandonado e, eventualmente, eliminado. Foi assim com o Google + e o Google Talk, e esses são só os dois exemplos que lembro de cara.
Abaixo, tem vídeos de outros canais que trataram do mesmo assunto, provavelmente com mais profundidade e precisão do que o meu:
Acima, o Davy Jones fala sobre a propaganda enganosa e as mentiras que o Google teria lançado por aí a respeito do Stadia.
No vídeo seguinte, o cara do TheQuartering também comenta as gomas do Google e sobre o tal controle de “gênero neutro” da nova plataforma. Em inglês.
O Velberan também resolveu comentar sobre como o lançamento Stadia deu ruim e como isso surpreendeu 0 pessoas.
Como não poderia faltar, a CENTRAL também abordou essa história, focando na “desculpinha ridícula que o Google Stadia está dando para os gamers, após lançamento fracassado do serviço”.
O sujeito do TheQuartering fez outro vídeo sobre esse cringe, especificamente sobre como foi feito o marketing em cima do Stadia. Em inglês.
O Jones também fez outro vídeo para comentar sobre esse total desastre, o que infelizmente não é nenhuma referência ao Destruction, e suas experiências pessoais e as de seus amigos com o Stadia.
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