Continuando a matéria publicada sexta-feira, Os 10 Melhores Consoles Da História, estamos hoje também publicando os 10 piores!
Lembrando que não necessariamente reflete a nossa opinião sobre esses aparelhos, embora no caso desta lista dos 10 piores não são video games muito conhecidos. Essa matéria foi enviada pelo Douglanilo também.
Não há nome melhor para um console que nunca seria lançado como o Phantom (Fantasma). Claro, não confunda com o Phantom System, um dos mais populares famiclones no Brasil. Já o console da Infinium Labs veio com uma proposta revolucionária: não havia espaço para cartuchos ou CDs, em vez disso todos os jogos seriam baixados online de um diretório acessado diretamente pelo console.
O maior atrativo e conseqüentemente sua maior derrota foi a promessa de rodar tanto jogos atuais quanto os da próxima geração, o que obviamente é impossível já que a velocidade com que a tecnologia avança é exorbitante.
A ansiosa Infinium Labs pretendia vender o console em 2004, mas ainda não havia conseguido montar nem sequer um sistema de download de jogos ou mesmo encontrado produtoras para produzi-los, tendo que mais uma vez adiar o projeto. Após muito tempo de promessas e falhas unidas à problemas financeiros, o Phantom tornou-se um fracasso antes mesmo de ser lançado.
O N-Gage é um smartphone desenvolvido pela Nokia em 2003 com a promessa de ser um gameboy melhorado. O N-Gage tem um péssimo design em todos os sentidos. A tela era mais alta do que larga, ao usá-lo como telefone você deveria colocá-lo de lado contra a orelha, deixando você numa posição ridícula (da mesma forma que aquele cara ironiza na foto).
Trocar os jogos era outro grande problema; tornava-se necessário retirar a bateria do celular, colocar o jogo, recolocar a bateria, dar o boot, para então o jogo iniciar-se. Além disso, os jogos lançados eram poucos e na maioria, péssimos.
Com o passar do tempo a Nokia resolveu diversos problemas às pressas, tornando-o muito melhor, mas já era tarde demais. O fracasso do N-Gage marcou tão fortemente que tanto os compradores quanto as produtoras de games se recusavam a dar uma segunda chance, tornando dele um fracasso.
Gunpei Yokoi, o criador do famosíssimo Game Boy, errou profundamente ao criar o Virtual Boy. O Virtual Boy, de longe o maior fracasso da Nintendo, era um console de 32bits que tentou inovar tecnologicamente em 1995, uma época que ainda não existiam recursos para um console de realidade virtual, ou seja, um videogame 3D.
Para torná-lo mais barato ele possuía apenas as cores vermelha e preta, já que ser colorido o tornaria três vezes mais caro. Mesmo assim, seu efeito 3D era péssimo e o console muito caro (US$180,00) para o que tinha a oferecer.
A promessa de que ele era portátil foi igualmente falha. Você tinha de colocá-lo sobre sua cabeça e apoiar o tripé sobre uma mesa, tornando impossível de virar a cabeça para qualquer lado que não fosse para frente, causando dores no pescoço devido ao desconforto. Além disso, as cores vermelha e preta unidos ao péssimo 3D davam dores de cabeça e poderiam causar problemas de visão após pouco tempo de jogo. Poucos jogos foram lançados para o console. Após cerca de um ano de “venda” a Nintendo demitiu Gunpei e abandonou o projeto, decidida a fingir que ele nunca existiu.
Talvez nenhuma outra empresa tenha prometido tanto para um console como a 3DO Company (Uma sociedade entre 7 empresas) fez para o 3DO. Produzido em 1993 pela Panasonic, o primeiro console 32bits era uma promessa de se tornar parte do lar de qualquer um, do mesmo jeito que ocorria com a TV ou o VHS. Muitas empresas adquiriram licença para produzir jogos acreditando nisso.
O 3DO tinha o atrativo de ter tecnologia CD-ROM, mas era excessivamente caro e muito inferior ao prometido, motivo que o condenou ao fracasso antes mesmo do lançamento. Apesar de ter tido muitos títulos devido as licenças compradas pelas diversas empresas, mesmo os bons títulos já estavam disponíveis para outros consoles de forma melhorada. Muitos dos games da 3DO eram jogos feitos em forma de filmes – muitas vezes trash – interativos. O 3DO demorou excessivamente em cumprir promessas, e não aguentando contra as gigantes Sega e Sony, caiu no esquecimento após pouco tempo no mercado.
Os addons da Sega Genesis foram o principal motivo pela morte do famoso console. Vamos começar com o principal, o 32X ou SVP (Sega Virtual Processor). Com medo das novidades da concorrente NES e vendo seu console começar a ficar ultrapassado, em 1993 a Genesis bolou um upgrade para tornar o Genesis de 16bits em um 32bits com melhor qualidade visual, som e cenas 3D. E de fato, era bem mais poderosa do que o famoso addon concorrente, o Super FX, da Nintendo.
Por que falhou? A melhoria que o 32X proporcionava não era tão boa e o preço era absurdamente salgado. O 32X era uma espécie de cogumelo preto adicionado em cima do console, dando um aspecto horrível além de exigir mais uma fonte de alimentação. Muitos jogos ficavam piores em som e imagem com o 32X.O 32X também não oferecia o poder de um verdadeiro console 32bits. A maior aposta nos 32bits foi o game Virtual Racing queera extremamente caro, assim como os outros poucos títulos 32bits existentes.
Outro grande fiasco foi o Sega CD, uma extensão para rodar jogos em CD-ROM para o Sega Genesis. A união dos addons tornavam o console caro demais, exigiam 3 fontes de alimentação e deram a ele uma aparência monstruosa. Do outro lado a Nintendo deixou todos babando com Donkey Kong Country. Então, por que gastar tanto com addons ruins para Mega Drive se a Nintendo revolucionava sem mexer no hardware? Todos esses motivos unidos a falta de vendas e queda de preços dos verdadeiros 32bits fizeram com que, enfim, a Sega cavasse seu próprio túmulo.
O primeiro console 64bits criado foi obra da desastrosa Atari de 1993. Feita para ultrapassar o MegaDrive/Genesis, Super Nintendo e competir com o 3DO, a Atari apostou tudo no seu console 64bits fazendo uma propaganda intensiva chamada “Do the Math” (Faça os cálculos), dizendo ser incrivelmente superior aos consoles 16bits mais os 32bits. Coitada, a propaganda publicitária exagerada e enganosa da Atari foi silenciada pela pobreza óbvia que todos viam no console.
Haviam pouquíssimos títulos para o console, praticamente todos ruins. Após um tempo, finalmente games bons foram lançados como Tempest 2000, o convertido de PC e famoso Doom e Wolfenstein 3D, e o grande hit Alien vs. Predator. Mesmo assim, a biblioteca de jogos era pequena demais, até por causa dos bugs que acompanharam o console. Os que queriam corrigir os bugs de seu novíssimo console tiveram que aturar péssima assistência. O controle era uma tragédia a parte, extremamente desconfortável e com mais de 15 botões. Enfim, com a chegada do que seria o rei dos videogames, o Playstation, a massacrada Jaguar retirou definitivamente a Atari do ramo dos consoles e deixaram na memória alguns dos piores comerciais que existiram. Parece que eles não eram tão bons de cálculo afinal.
Em 1991, a Philips fez a besteira de construir o Philips CDi. De começo, a Philips nem sequer pensava nele como um videogame. Eles construíram uma plataforma de simples jogos educacionais, em forma de filmes longa-metragem, torcendo para que as escolas os usassem. Quando não eram educacionais eram baseados em programas de TV populares (Game shows). Apesar de o sistema educacional ser inovador não era atrativo algum para qualquer faixa etária.
O CDi também era incrivelmente lento e desajeitado. Com as vendas lá embaixo, a Philips tentou desesperadamente melhorar sua plataforma, lançando o CD-i 450, tornando o Philips CDi realmente um console. Como forma de competir com 3DO, Super Nintendo e Sega Mega Drive, lançaram os fiasco dos games Zelda e Mário (Emprestados via contrato pela Nintendo) e abaixaram o preço de US$800 para US$400. Tarde demais, com o Sega Saturn e o Sony Playstation na área não havia escapatória para o Philips CDi.
Feito para suceder o Atari 2600, a Atari introduziu em 1982 o Atari 5200, que competiria com a Intellivision e principalmente a Mattel ColecoVision. O maior erro foi ter desenvolvido o console incompatível com 46 mil jogos. Outra catástrofe foi ter feito o pior controle da história dos videogames, era numerado e extremamente frágil, quebrava após poucas horas de uso. Unindo isso ao crash dos videogames em 1984, o produto tornou-se um fracasso.
R-Zone era um game portátil da Tyger Eletronics lançado em 1995, projetado para competir com o Virtual Boy. O R-Zone tinha cartuchos com uma mini-tela LCD vermelha em seu centro que projetava a imagem em um espelho HUD colocado em uma tira (headset) em volta da cabeça do jogador (veja a imagem). Era extremamente desconfortável, você tinha que jogar “com meio olho” para enxergar a tela.
A propaganda fazia um alvoroço enorme para anunciar o headset, como se fosse um
Playstation 4, mas na realidade o console era como aqueles minigames que vem nas caixinhas de cereais atuais como brinde. Anos mais tarde, após o incrível desconforto do R-Zone, a Tyger abandonou a idéia de visor e decidiu em fazer um console totalmente portátil com o extenso nome de R-Zone X.P.G (Xtreme Pocket Game), que também ficou conhecido apenas como R-Zone. De fato, ninguém considerava o R-Zone um console, era apenas um brinquedo ruim.
O que podia se esperar de um “console” de US$30? As novas mudanças foram mínimas afundando de vez o R-Zone para o cemitério dos consoles. Graças ao photoshop eu não digo mais que uma imagem vale mais que mil palavras, mas certamente um vídeo vale:
Em 2000 a Tiger Telematics conseguiu impressionar com um portátil muito promissor. Gizmondo surgiu como das sombras na E3, causando surpresa imediata. Possuía bons controles, bons jogos (apesar de poucos), música, filmes, mensagens instantâneas, GPS, câmera e, além de tudo isso, um sistema incrível de Realidade Aumentada que simula personagens em um cenário real, usando uma espécie de mini tapete especial que faria parte do portátil. Veja um vídeo para entender melhor:
Augmented Reality:
Por que falhou? Por incrível que pareça a Gizmondo tinha ligações com a o crime organizado sueco. Stefan Eriksson, diretor e acionista e chefe da equipe pediu demissão, junto com outros dois executivos, acusado de lavagem de dinheiro e burla a uma instituição financeira. Não somente eles, mas também outros crimes foram descobertos envolvendo a Tiger Telematics, tornando o Gizmondo um projeto falho e o pior console de todos os tempos. Mas, a Plextek trará Gizmondo 2 de volta ao mercado provavelmente esse ano, após melhoria na crise, e sem os antigos executivos dessa vez. Vamos aguardar pra ver.
Essa matéria foi feita baseada no Top Ten Worst Consoles do GameTrailers. No entanto, eu não concordo de forma alguma que o Gizmondo foi o pior console de todos os tempos. Virtual Boy era um concorrente bem mais forte.
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