A resenha desses JRPGs estão aqui em áudio e texto.
Fantasias Passadas é o título de uma análise do Final Fantasy IV e Final Fantasy VI feita pelo Emerald, do canal Monk’s, em podcast que foca no humor e personagens destes grandes role playing videogames.
O Final Fantasy IV, lançado como Final Fantasy II no ocidente, foi lançado originalmente em 1991, ao SNES. O Final Fantasy VI (Final Fantasy III, no ocidente), saiu em 1994 também ao console 16-bit da Nintendo. Ambos foram desenvolvidos e publicados pela Square e foram sucessos estrondosos tanto de crítica quanto de mercado.
O podcast, que vem a seguir, tem um pouco mais de uma hora e meia de duração (1:36:23), faz parte da série KrameriCast, do próprio Monk’s, e tem apenas áudio mesmo, mas já convenci o Emerald a lançar uma versão com cenas das partidas destes FF, que ele tem streamado no seu canal EmeraldLive. Quando ele fizer, atualizo aqui:
O texto abaixo também foi escrito pelo Emerald. Ficou muito bom.
A franquia Final Fantasy surgiu ainda para o NES, a partir do conceito de ser a última grande tentativa dos desenvolvedores de lançarem um jogo bem sucedido. O primeiro jogo foi um hit instantâneo tendo vários conceitos novos, como de ver os seus próprios personagens, e dar um certo foco para a narrativa, algo incomum em 1987.
Final Fantasy IV, lançado para o SNES em 1991, foi o primeiro da franquia a realmente criar personagens mais bem desenvolvidos que tinham participações importantes e marcantes na narrativa do jogo. Ele foi lançado no ocidente como Final Fantasy II, apesar de ser o quarto jogo da franquia. A história é simples, mas com personagens muito mais desenvolvidos que os anteriores.
A história é centrada em os protagonistas irem atrás de um reino e seu rei, que está entrando em guerras para obter os cristais que permitem o mundo estar em balanço, e a estranha figura por trás dele, que apareceu sem muitos precedentes e está se tornando cada vez mais influente. Contém diferentes localizações, incluindo o submundo e a lua, e personagens exclusivos em cada um desses locais.
Falando neles, foram criados aqui personagens marcantes que se tornaram figuras conhecidas dos fãs da franquia, frequentemente favoritos de muitos. O protagonista Cecil é um cavaleiro das trevas procurando uma redenção de seus crimes para se tornar paladino, seu melhor amigo Kain é uma figura moralmente ambígua que trai Cecil algumas vezes, Rydia é uma vítima de uma das atividades de Cecil enquanto ele era cavaleiro das trevas.
Foi o primeiro jogo da franquia a sair para o Super Nintendo, quando os anteriores foram do NES/Famicom. Talvez por causa disso ainda não foi exatamente o mais bem desenvolvido e explorado, tendo alguns problemas que até viraram meme entre a franquia, como personagens como a Rydia superarem medos do nada. Havia mais espaço para explorar essas questões, mas ainda é um jogo clássico que vale ser revisitado.
Já Final Fantasy VI, para muitos o melhor da franquia, foi lançado em 1994 no ápice do SNES. Ele seguiu a ideia do IV de desenvolver bastante os personagens, mas focou bastante também na história, que é uma das tramas mais bem escritas da franquia.
A trama, séria mas desenvolvida com bom humor, envolve tentar parar um império que quer buscar poder antigo, de tempos longínquos da War of the Magi, uma batalha mitológica entre humanos e criaturas mágicas chamadas espers. Conforme o império ia crescendo, mais ele montava um arsenal tecnológico com poder desses espers adaptado à tecnologia humana. Ele eventualmente quebra o selo que separa os mundos humano e de espers, e consegue vencer os protagonistas. Mas, ele não é o verdadeiro vilão, que é possivelmente o personagem mais icônico desse jogo, Kefka.
Aliás, vários dos personagens são marcantes: a “protagonista” Terra (o jogo não tem um só protagonista em teoria, mas ela serve para esse propósito) e suas dúvidas existenciais, Celes e sua marcante cena da ópera, Locke, o caçador de tesouros com um passado trágico, entre tantos outros, Shadow, o assassino que esconde mistérios de todos e parece ser atormentado por eles, e tantos outros. No total, são 14 personagens. Como é de se esperar com tantos personagens utilizáveis, alguns são mais bem desenvolvidos que outros, mas praticamente todos têm alguma característica única e marcante. O vilão Kefka atua por boa parte do jogo como uma espécie de braço direito do imperador, sempre aparecendo como uma figura sádica e genuinamente má. Quando menos se espera, ele prova que, de fato, é a figura mais má dali, e até o pior dos imperadores ainda tinha algo de humano em si, mas ele não.
Final Fantasy VI plantou a semente futurista na franquia, que levou isso a maiores extremos nos dois jogos seguintes (muito mais focados em tecnologia futurista do que em fantasia), mas fez isso de uma maneira extremamente equilibrada e muito interessante.
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