Fatal Labyrinth

Roguelike baseado em turnos que lembra jogos como Nethack ou os da série Mystery Dungeon.


17 de dezembro de 2019

Fatal Labyrinth, chamado de Shi no Meikyuu: Labyrinth of Death (死の迷宮) no Japão, é um RPG desenvolvido e lançado pela Sega originalmente, em 19 de novembro de 1990, para o finado serviço Sega Meganet.

Notável por ter sido feito em um cartucho de 1 megabit, justamente para ser distribuído sem problemas na internet do inicio dos anos 90, o Fatal Labyrinth é um roguelike sem muita sofisticação e um tanto quanto repetitivo, mas que pode ser divertido com toda certeza, especialmente para quem curte o gênero.

O Fatal Labyrinth foi portado para o Mega Drive/Genesis (1991), para o Xbox 360 e PlayStation 3 como parte da Sonic’s Ultimate Genesis Collection (2009) e para Windows (13 de setembro de 2010).

Vídeos

O vídeo acima é o 14º episódio da nossa série Mega Nostalgia, a qual trata sobre jogos antigos da Sega. Fiz a leitura de um artigo do blogue da Tectoy sobre o game e também joguei um pouco no Mega Drive da empresa brasileira.

Já a playlist anterior é um detonado do Fatal Labyrinth completo, o qual foi citado no Mega Nostalgia 14.

Enredo

Dragonia, o castelo da perdição, veio ao mundo e seus lacaios roubaram o Cálice Sagrado. Sem ele, o mundo cairá nas trevas para sempre. Para impedir essa desgraça, Trykaar deve entrar no castelo e atravessar suas dezenas de níveis labirínticos para recuperar o Cálice Sagrado.

Gameplay

O Fatal Labyrinth é um roguelike baseado em turnos que lembra jogos como Nethack ou os da série Mystery Dungeon. Cada um dos 30 andares do calabouço do castelo são definidos aleatoriamente, assim como os itens e, exceto na batalha final, os inimigos. Há muitas passagens secretas, o que aumenta o estimulo à exploração no jogo. O RPG também conta com um sistema bem básico de pontos de experiência.

O jogador controla um herói que concordou em abrir o seu caminho através de um labirinto proibido para recuperar o Cálice Sagrado de um dragão maligno que o roubou. O herói pode andar pela cidade e conversar com os moradores antes de entrar no labirinto, mas não notei se isso faz alguma diferença para completar o jogo. Entretanto, ao derrotar o dragão e recuperar o Cálice, o jogador voa de volta para a vila, sendo elogiado e parabenizado pelos moradores do local pelos seus esforços.

Os controles são bem simples. O direcional movimenta em quatro direções, enquanto o botão A pega itens, o C abre o menu e o B é usado para cancelar uma ação (se bem me lembro). O menu é usado para equipar ou descartar itens, enquanto para atacar um monstro, deve-se apertar na direção onde o oponente está.

Em cada nível da masmorra de Fatal Labyrinth, armas, armaduras, capacetes, escudos, anéis mágicos e outros itens são encontrados. Armas curtas (machados, espadas curtas) são mais poderosas, mas menos precisas, enquanto as mais longas (espadas largas e armas de haste) geralmente infligem menos danos, mas são mais precisas. Arcos e shurikens fazem ataques a longa distância. Os efeitos dos anéis variam desde dar mais poder ao herói a usá-los como projéteis mágicos, visto que, às vezes, os itens podem ser arremessados e causar dano nos inimigos.

Este roguelike também contém vários outros itens, incluindo pergaminhos, bengalas e poções. Uma parte importante do jogo gira em torno de identificar quais desses itens beneficiam o personagem e quais têm maldições. Como dito acima, itens e outros pick-ups podem ser descartados a critério do jogador.

Existe também um sistema de alimentação e fome em Fatal Labyrinth, algo não muito comum na época. Isso acaba demandando estratégia, pois tem-se que administrar a comida de forma eficiente a se prosseguir no game sem morrer de fome. Quando alimentado, o herói regenera lentamente a saúde. Se comer demais, pode ser morto por algo que só posso interpretar como indigestão. Alguns itens podem ajudar ou dificultar a digestão do herói.

O ouro que existe em Fatal Labyrinth parece servir apenas para incrementar o funeral do protagonista. Quanto mais ouro for coletado, mais detalhado é o seu túmulo. Além disso, quanto mais níveis o jogador tiver upado, mais gente vai comparecer ao seu funeral.

Não existe um sistema de saves nem passwords no jogo, o que obriga o jogador a zerar de uma vez só. A não ser que use savestate, isto pode ser uma empreitada meio cansativa, pois, como dito acima, o jogo pode acabar ficando repetitivo.

Curiosidades

  • Fatal Labyrinth foi desenvolvido por membros do que viria a ser a Sonic Team. O diretor foi Hirokazu Yasuhara e o designer é Naoto Ohshima, sendo que ambos assumiram os mesmos cargos no primeiro jogo do Sonic;
  • Esta equipe foi pioneira no segmento de “jogos para download”, os quais eram oferecidos pelo Sega Meganet. Eles tiveram que criar um RPG relativamente complexo para os padrões da época em um cartucho de apenas 1 megabit, sendo um dos raros jogos do Mega a ser tão pequeno;
  • Na época de seu lançamento, era necessário que o jogo tivesse um tamanho acessível para que os japoneses conseguissem baixá-lo sem problemas via internet, o que explica a simplicidade do Fatal Labyrinth. No ocidente, como não tinha Sega Meganet, ele veio em cartucho mesmo;
  • O jogo é semelhante ao Dragon Crystal, compartilhando inclusive alguns recursos (tipo a tela de inventário e alguns sprites) com este título do Master System lançado também em 1990.

Screenshots

As screenshots acima foram tiradas da versão de Mega Drive e ampliadas.

Mais informações e RPG

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