Flashback é um clássico jogo de plataforma cinemática — tipo Prince of Persia e Blackthorne — de 1992 onde um sujeito acorda num planeta desconhecido e em meio a uma insidiosa trama extraterrestre.
20 de junho de 2022
Flashback, também chamado de Flashback: The Quest for Identity nos Estados Unidos, é um jogo de plataforma com temática de ficção científica. Foi desenvolvido pela Delphine Software International e lançado inicialmente em 1992.
Publicado originalmente pela U.S. Gold e disponibilizado para uma grande quantidade de plataformas, o Flashback foi um estrondoso sucesso de mercado e de crítica, ganhando inclusive alguns prêmios. Além disso, conta com centenas de análises muito positivas no Steam e é classificado com 4,1/5 no GOG, pelo menos até o momento.
O legado do Flashback vai além dos seus vários ports e relançamentos. O jogo ganhou uma sequência chamada Fade to Black em 1995, um remake em 2013 e uma outra em 2023, Flashback 2. Além disto, existe uma recriação do engine original chamada REminiscence, disponível para uma grande quantidade de sistemas.
Acima, temos o trailer oficial do remaster do Flashback.
Já o vídeo anterior mostra o game em sua versão de Mega Drive, a que eu conheci na época, sendo totalmente zerado pelo canal World of Longplays.
Sinopse
2142. Depois de fugiu de uma nave espacial, mas despojado de toda a memória, o jovem cientista Conrad B. Hart desperta em Titã, uma lua colonizada do planeta Saturno. Seus inimigos e sequestradores estão em seu encalço, ele deve encontrar um caminho de volta à Terra, enquanto se defende dos perigos que encontra e desvenda uma insidiosa trama extraterrestre que ameaça o planeta…
Gameplay
O Flashback é um jogo de plataforma cinemática tipo Prince of Persia, Out of This World, Blackthorne ou o seu predecessor da Delphine, Another World. Se passa no ano de 2042, onde o jogador controla Conrad B. Hart, um sujeito que perdeu a memória. Depois de escapar por pouco de alienígenas hostis, a moto de Conrad cai em no que parece ser um planeta desconhecido. Conrad se encontra na selva e, a partir desse momento, começa sua busca pela sobrevivência e sua identidade perdida.
O game incorpora elementos de plataforma, tiro e resolução de quebra-cabeças. Enquanto uma grande parte da jogabilidade é dedicada a correr, saltar e atirar em inimigos, também há um elemento de exploração considerável em Flashback. Conrad é controlado através de estruturas de plataforma, realizando vários movimentos. É possível simplesmente pular ou fazer uma corrida e salto mais longo, correr, escalar, pendurar-se em bordas e pegar objetos no chão.
Cada fase abrange um grande número de telas sem rolagem, quase todas com vários níveis de altitude – exigindo que o jogador salte, se agarre em bordas, suba, use elevadores e desça em níveis mais baixos. Conrad exibe velocidade de corrida, capacidade de salto e fraqueza realistas para um ser humano – ele morrerá se cair de uma altura muito grande, por exemplo.
Para se defender, Conrad pode atirar nos inimigos com sua arma e também usar vários objetos (como pedras) para machucá-los ou distraí-los. Agachar e rolar são movimentos possíveis (e muitas vezes essenciais) que podem ser executados durante o combate. A arma tem munição ilimitada; no entanto, os escudos que Conrad usa para se proteger de ataques se esgotam quando atingido e podem ser recarregados em estações especiais. Estes escudos funcionam como a saúde na prática. Tem também um campo de força portátil com uso ilimitado que pode atuar como uma barreira temporária para bloquear os tiros inimigos.
Embora a maioria dos ambientes do game sejam hostis, existem alguns locais sem inimigos. O jogador geralmente é obrigado a conversar com os personagens, coletar informações e concluir tarefas de maneira semelhante a um adventure nessas áreas.
Enredo (com spoilers)
No ano de 2142, o agente de inteligência Conrad B. Hart descobre que alienígenas metamorfos conhecidos como Morphs se infiltraram na sociedade humana. Ele grava uma mensagem para si mesmo, mas antes que possa avisar mais alguém, é capturado e tem sua memória apagada. Ele escapa, mas aterrissa seu veículo em uma selva, onde a gameplay começa quando ele deixa cair sua mensagem gravada. Se o jogador o recuperar, ele instrui Conrad a encontrar seu amigo Ian em New Washington.
Uma vez lá, ele encontra Ian sendo atacado pela polícia. Depois que Conrad os mata, Ian usa um regenerador para restaurar suas memórias, uma cópia da qual ele enviou para Ian. Depois, Conrad está determinado a retornar à Terra. Ian conta que a única maneira que ele pode pagar uma passagem para a Terra é ganhar uma na Death Tower, um game show em que os competidores lutam até a morte, e documentos falsos são necessários para um passe. Para pagar os papéis falsificados, Conrad aceita uma série de trabalhos perigosos na cidade. Ele se vê continuamente alvo da polícia, que presumivelmente foi enganada por Morphs infiltrados.
Conrad ganha a Death Tower e viaja para a Terra. Seus papéis falsos o fazem passar pelo posto de controle, mas os Morphs logo percebem e Conrad é perseguido por mais policiais. Ele pega um táxi para o Paradise Club, que esconde o esconderijo dos Morphs. Ele espia três Morphs através de uma abertura no teto discutindo seu plano de conquistar a Terra em poucas horas. Conrad cai pelo respiradouro e é levado para uma cela de prisão. Logo, Morphs entram em sua cela para matá-lo, mas Conrad passa por eles e pega uma arma alienígena descartada. Explorando a instalação, ele descobre um teletransportador e o usa para se transportar para o planeta natal dos Morphs.
Conrad encontra um prisioneiro humano chamado Phillip Howard Clark. Quando ele abre sua prisão, um Morph aparece e executa Phillip. Morrendo, Phillip dá a Conrad uma carga atômica. O diário de Phillip revela que ele planejou destruir o “Master Brain” que controla os alienígenas, localizado no núcleo do planeta, mas o “Auxiliary Brain” deve ser destruído para abrir os caminhos de comunicação para o Master Brain.
Conrad destrói o Auxiliary Brain e encontra o caminho do Master Brain. Ao chegar a um determinado local, ele ouve a voz de Phillip, dizendo-lhe que a carga atômica deve ser colocada em uma plataforma solta. Depois de fazer isso, ele aciona um interruptor, despertando o cérebro que causa um tremor, derrubando a carga em direção ao núcleo.
Conrad escapa para o hangar e leva a espaçonave de um Morph para fora da atmosfera do planeta antes que ela detone. Como ele não pode navegar para casa devido à galáxia dos Morphs não estar em nenhum mapa estelar humano, ele se coloca em animação suspensa enquanto sua nave flutua no espaço, levando aos eventos de Fade to Black.
Apresentação da versão remasterizada
Redescubra este clássico em seu 25º aniversário. Consistentemente classificado entre os 100 melhores jogos de todos os tempos, Flashback foi um dos primeiros jogos a usar a tecnologia de captura de movimento para animações mais realistas, com fundos inteiramente desenhados à mão e um enredo de ficção científica emocionante.
Viaje de volta ao início dos anos 90 e reúna-se com Conrad para redescobrir este clássico cult!
Destaques
Escolha jogar com os gráficos e sons originais dos anos 90 e enfrente uma dificuldade implacável.
Ou vá com o modo Moderno. Você também pode ajustar sua experiência ativando as opções do modo Moderno de forma independente e em tempo real.
Pela primeira vez, jogue a versão Director’s Cut com 2 cutscenes exclusivas.
Branco ou rosa? Escolha entre as duas cores icônicas da camiseta de Conrad.
Quer praticar em um nível específico? Agora você pode jogar qualquer nível concluído durante a aventura principal.
Menu que reproduz qualquer cena que você já desbloqueou.
Jukebox: ouça a trilha sonora do jogo.
Galeria: ganhe pontos no jogo e desbloqueie fotos de arte de rua na galeria.
Filtros gráficos pós-FX.
Sons e músicas completamente remasterizados.
Uma nova função “Rewind”, variável de acordo com o nível de dificuldade.
Tutoriais para quem precisa de um empurrãozinho.
Ports
O Flashback foi lançado originalmente para o Amiga em 1992. Como supracitado, o game foi eventualmente disponibilizado para uma grande quantidade de outras plataformas:
O Flashback é um dos games do livro 1001 Video Games You Must Play Before You Die (algo como “1001 Games que Você Tem que Jogar Antes de Morrer”), de autoria do General Editor Tony Mott. Outros jogos listados nesta obra são o MDK e o Serious Sam: The First Encounter.
O jogo foi dirigido, escrito/projetado e parcialmente programado por Paul Cuisset, que já havia criado o adventure Future Wars. Seu nome é bem conhecido por causa do sucesso do Flashback.
Em 2013, Cuisset disse à revista Retro Gamer que “a melhor versão para mim é a de Mega Drive. O jogo foi criado para esta plataforma”.
De fato, o Flashback foi lançado inicialmente para o Amiga em 1992, embora originalmente criado para o Mega, cuja versão só saiu em 1993.
A maioria das versões do game utiliza cutscenes com gráficos vetoriais poligonais. As versões em CD substituem aquelas com animações 3D pré-renderizadas. A versão de Sega CD/Mega-CD também possui narrações.
Uma versão em CD-ROM do jogo foi lançada com novas sequências cinematográficas. Esta versão veio apenas naquela caixa tradicional de CD (sem box).
O Flashback foi publicado originalmente nos Estados Unidos e Europa pela U.S. Gold, enquanto a Sunsoft ficou encarregada de lançar o game no Japão. A JoshProd publicou a versão de Dreamcast enquanto a Microids publicou a de Switch.
A Tiertex desenvolveu os ports de SNES, PC-CD, 3DO, CD-i e Jaguar do Flashback. A versão de Dreamcast foi portada pela Chui.
Só até 1995, o game já havia vendido cerca de 750.000 cópias.
Como dito anteriormente, o título foi um sucesso comercial e de crítica e foi listado no Guinness World Records como o jogo francês mais vendido de todos os tempos.
Um dos materiais na caixa do Flashback era um cupom para um desconto num Gravis Gamepad e uma nota para “experimentar a placa de som de 16 bits Ultrasound da Gravis”. Isso é irônico porque, entre os entusiastas do Gravis Ultrasound, o Flashback é notório por ser incompatível com o GUS.
Os programadores podem se interessar pelo fato de Flashback ser um dos poucos jogos que usam um modo de tela com largura de 256 pixels. Isso implica que o endereço de um pixel na tela pode ser armazenado de forma confortável em um registro de 16 bits, digamos AX. A coordenada X pode então ser manipulada através de AL, e a coordenada Y de AH. Isso pode contribuir um pouco para as animações incrivelmente fluentes do jogo.
REminiscence, a recriação do motor de jogo supracitada, foi criada por Gregory Montoir (cyx) e encontra-se disponível para AmigaOS 4, Dreamcast, GP2X, iPhone, Linux, Windows, Mac OS X, Maemo, MorphOS, Nintendo DS, Wii, Palm OS, PlayStation 2, PlayStation Portable, Saturn e Windows CE. Há também um para o Xbox 360 por MagicSeb. Consta que Ronen K portou o bagulho para Symbian e Maemo 5.
Em 2017, o jogo foi lançado mundialmente no reamcast com recursos gráficos e cenas tiradas da versão de DOS e músicas do Amiga
Um port atualizado intitulado Flashback: Remastered Edition foi lançado para Switch (2018), para PlayStation (2018) e Windows (2018).
No início de 2013, havia rumores de que um jogo intitulado “Flashback Origins” estava em desenvolvimento, com o site francês Gameblog afirmando que €300.000 de financiamento do governo foram concedidos à VectorCell, de Cuisset, em 2011. Em 11 de abril de 2013, um remake desenvolvido por esta empresa foi anunciado com um trailer de revelação e, neste mesmo ano, foi lançado para PC e consoles.
Originalmente anunciado como um “jogo de CD-ROM em um cartucho”, o jogo apresenta cenários totalmente desenhados à mão, e toda a animação é rotoscopada, dando aos movimentos uma fluidez incomum, semelhante à do anterior Prince of Persia. Esta técnica, rotoscoping, foi usada também em animações como o desenho original do He-Man (1983) e os longa metragens Heavy Metal (1981 e 2000) e Fire and Ice (1983).
Entretanto, a técnica de captura do Flashback foi desenvolvida independentemente do Prince of Persia e usou um método mais complicado, rastreando primeiro imagens de vídeo em transparências.
Um terceiro jogo da série, Flashback Legends, estava em desenvolvimento pela Delphine Software International e Adeline Software International para um lançamento planejado em 2003, mas foi cancelado quando a empresa faliu e encerrou as operações no final de 2002. No entanto, um protótipo de ROM, datado de 21 de junho de 2002, vazou. Possui todos os 16 níveis com pequenas falhas e uma faixa de música, que é uma canção compactada de Fade to Black. Apesar das opções em vários idiomas, o beta só pode ser jogado em francês com um menu de pausa em inglês, mas ganhou suporte ao inglês por meio de um patch feito por fãs.
A versão de PC tem uma sequência introdutória estendida e mais cenas menores do que a versão Amiga, como ao pegar itens. Na versão Amiga, o usuário pode ver essas cenas habilitando-as (embora com alguns segundos de atraso cada vez que as animações são carregadas) ou jogando totalmente a partir do disco rígido. A versão de Amiga também tinha a opção de ampliar a ação sempre que Conrad abre fogo. Devido a críticas ao visual, isto foi removido de todas as outras versões, embora a opção de zoom tenha permanecido no PC. A mensagem que Conrad escreve no final também é diferente nesta versão.
O Flashback foi originalmente lançado em disquetes de 3,5″ para DOS. O relançamento em CD-ROM para o Sega CD/Mega-CD (mais tarde adaptado para o PC CD-ROM, 3DO e CD-i) apresentava FMVs cinematográficos pré-renderizados refeitos com dublagem e efeitos sonoros. A versão de Sega CD também tem dublagem para a jogabilidade e faixas de CD de áudio para cada nível que não foram levadas para as outras conversões de CD-ROM. O port de Jaguar tem a tela de título que essas versões têm, mas a música é diferente e as cenas são como nas versões originais.
Na América do Norte, as versões de Mega, Super NES e Sega CD apresentavam uma história em quadrinhos da Marvel dentro do manual para explicar a história inicial. Eu lembro disso. Já os lançamentos PAL das versões de Mega e SNES (não havia versão Mega-CD na região PAL) omitiram o quadrinho e, em vez disso, apresentavam um prólogo textual
O port do Super NES apresentava alguma censura menor devido às diretrizes de conteúdo da Nintendo na época. As mudanças incluíram o bar de New Washington se tornando um café e a Death Tower sendo renomeada para Cyber Tower, enquanto os mutantes inimigos (que tinham cores de pele naturais em outras versões) foram recoloridos de verde. Frescurada do caraças.
Uma trilha sonora em CD de duas faixas foi lançada com músicas inspiradas no jogo, mas não diretamente tiradas dele.
Flashback, junto com Another World, foi enviado em único pacote de varejo pela Microids para PlayStation 4, Switch e Xbox One na Europa em 16 de abril de 2020.
Prêmios e honrarias
Amiga Joker – edição 02/1994 – Best Genre Mix em 1993 (votação dos leitores);
Electronic Gaming Monthly – maio de 1993 (#46) – Game of the Month (versão de Mega);
FLUXIssue #4 – #10 na lista “Top 100 Video Games of All-Time”;
GamePro 1993 (Vol. 6, Edição 2) – Action/Adventure Game of the Year (versão de Mega);
Retro Gamer – setembro de 2004 (#8) – #65 Best Game Of All Time (votação dos leitores);
Retro Gamer #37 – #15 na pesquisa “Top 25 Platformers of All Time”;
Como dito acima, o Flashback entrou pro Livro dos Recordes como o jogo francês mais vendido de todos os tempos.
As screenshots acima são da versão remasterizada de PC do Flashback.
Sobre o download
O Flashback é um jogo normalmente pago que atualmente encontra-se disponível em sua edição Flashback: Remastered Edition para PC (Windows e Mac) no Steam e GOG, sendo que o nosso para download aqui leva a esta última, onde o game vem com a versão original de 1993, como dito nos destaques, e sem DRM (dá pra jogar offline e tal).
Idiomas: inglês, francês, italiano, alemão e espanhol (Espanha).
Flashback de Sega CD detonado em vídeo – Traz nostalgia e mostra como vencer esta versão do game que é considerada a melhor por alguns. Inclui as soluções dos quebra-cabeças.
Flashback @ MobyGames – Uma das fontes desta publicação, com mais informações e mídias. Em ingfês.
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