Uma mistura de beat 'em up e RPG baseada no Mystara, do Dungeons & Dragons.
Dungeons & Dragons: Tower of Doom (ダンジョンズ&ドラゴンズ タワーオブドゥーム) é um jogo de luta estilo beat ’em up que se passa no cenário de campanha Mystara, do clássico e popular RPG de mesa Dungeons & Dragons. Foi desenvolvido e publicado pela Capcom e inicialmente lançado em janeiro de 1994 aos fliperamas (CPS-2).
Um dos jogos mais impressionantes e bem-feitos do gênero de sua época, e também um tanto quanto papa-ficha às vezes, Dungeons & Dragons: Tower of Doom traz um guerreiro, um clérigo, um anão e uma elfa em uma aventura onde terão que enfrentar kobolds, ogros, trolls e outras criaturas típicas de fantasia medieval, recolhendo tesouros, armas e anéis mágicos enquanto isso.
Este beat ’em up apresenta algumas mecânicas que fogem um pouco do gênero, como um sistema de nível onde o jogador ganha mais HP na medida em que ganha experiência e o fato das armas recolhidas serem usadas apenas para arremessar contra os inimigos, visto que cada personagem sempre usa o seu armamento único, como no Golden Axe.
Junto com a sua sequência, Dungeons & Dragons: Shadow of Mystara (1996), Tower of Doom foi eventualmente relançado para Saturn, na Dungeons & Dragons Collection (1999), e para Windows, PlayStation 3, Xbox 360 e Wii U, na compilação Dungeons & Dragons: Chronicles of Mystara (2013).
Acima, temos o 31º episódio da Velharia, nossa série de vídeos a respeito de jogos antigos. Foi um playthrough sem comentários deste delicioso beat ’em up.
Já o vídeo anterior traz a introdução e o demoplay do Dungeons & Dragons: Tower of Doom, o que acaba revelando a sinopse do enredo e o stats dos heróis deste jogo.
A República de Darokin, uma então pacífica e próspera nação localizada no centro do mundo conhecido, encontra-se sob um terrível cerco imposto por impiedosos humanóides e outras criaturas vindas do Deserto. À medida que o número de monstros e seus ataques aumentam, uma trupe de quatro aventureiros avança em auxílio à várias áreas.
Corwyn Linton, da casa comercial de Linton, observou que as criaturas estavam muito organizadas e, convencido que havia um mal maior por trás de tudo, iniciou uma inquirição, enviando os aventureiros para investigar os ataques, revelados como sendo arquitetados pelo Arch Lich Deimos, cujo reduto é a sombria Torre da Perdição.
O Tower of Doom é um beat ’em up de rolagem lateral onde até quatro pessoas podem jogar simultaneamente e existem quatro classes de personagens – um clérigo, um anão, uma elfa e um guerreiro – que podem ser escolhidas pelos jogadores, os quais tem a opção de lhe dar nomes também. Na versão de Saturn (Dungeons & Dragons Collection), existe o limite de dois jogadores simultâneos.
Os controles consistem em um direcional que movimenta para 8 direções e 4 botões: ataque, salto, usar item e selecionar item. Para recolher os troços, basta usar o botão de ataque, que serve também para abrir baús (o que pode acionar armadilhas). Dá também para correr, agachar, combinar golpes e tal.
Os inimigos são criaturas típicas que veríamos em um box básico do Dungeons & Dragons, como dissemos acima. Os chefes incluem um troll que se regenera a menos que seja queimado, um grande dragão negro, o temido Elfo das Sombras (o equivalente aos drows elves do Mystara), um Beholder, um Dragão Vermelho e o mestre final Deimos, um Archlich bem ordinário. Além do Deimos, tem outros mortos-vivos no game, como esqueletos e ghouls.
Em certos pontos do jogo, os jogadores podem escolher os caminhos a seguir para continuar o progresso. Cada caminho leva a uma área diferente, e é impossível visitar todas todas as partes do Dungeons & Dragons: Tower of Doom em apenas uma partida. É interessante que as escolhas podem ser feitas através de seleção, aos fins das fases, ou no meio da ação, bastando movimentar o personagem para o caminho a ser seguido, o que inclui até explorar áreas menores das fases, acessíveis por portas ou cavernas, em busca de tesouros e armas.
A jogabilidade é mais técnica do que a média nos jogos beat ’em up. Além dos ataques e saltos básicos usuais, o game conta com bloqueio, ataques fortes, ataques de giro, ataques rápidos, agachamento e fuga. Também requer o uso de táticas cuidadosas, pois alguns inimigos podem usar armas, atacar os heróis de longe ou apresentar comportamentos complicados. Apesar de eu gostar muito do Tower of Doom, acho que os controles não respondem tão bem quanto os de um Cadillacs and Dinosaurs ou Aliens vs. Predator ao tentar combinar golpes, tipo correndo e tal, mas isso pode ter sido intencional, pra dar mais desafio, sei lá.
Outra diferença em relação ao padrão do gênero é o uso das armas: adagas, martelos, flechas e óleos pra tacar fogo nos inimigos podem ser usados, mas apenas para arremessar. Os personagens já vêm com suas próprias armas, e estas que são usadas para porrada corpo a corpo. Nas lojas que aparecem entre as fases, estas armas e um item azul que recupera energia podem ser comprados, mas também podem também dropar os inimigos ou serem encontrados em baús, assim como tesouros, anéis mágicos, equipamentos que garantem bônus de ataque ou defesa e outros pick-ups.
As magias podem ser usados por meio de anéis mágicos ou pelos dois lançadores de feitiços, o clérigo e a elfa loirinha.
Como dito acima, Dungeons & Dragons: Tower of Doom conta com 4 personagens jogáveis, cada um deles tem diferentes stats e peculiaridades únicas:
No início dos anos 90, a Capcom adquiriu a licença para criar jogos do D&D. Como parte do acordo, esta firma portou o Eye of the Beholder, um famoso RPG eletrônico original de PC (DOS), para o Super Nintendo.
A filial japonesa da Capcom estava tendo dificuldade em obter a aprovação da TSR para a criação de um game do Dungeons & Dragons, então eles se voltaram para a filial dos EUA para negociar.[1] A Capcom e a TSR se reuniram em janeiro de 1992 e decidiram escrever a história do jogo primeiro e construí-lo em torno do enredo.[2]
Como a maioria dos funcionários da Capcom americana não conheciam as regras nem eram familiarizados com o D&D, o assistente James Goddard procurou o entusiasta de D&D Alex “Raven” Jimenez para apresentar um conceito e torná-lo compreensível para o japonês, enquanto testava o produto. Algumas das inspirações de Jimenez vieram do Golden Axe, enquanto o esquema de caminhos múltiplos foram baseados no Thayer’s Quest. Houve um debate entre a Capcom e a SSI se o jogo teria tema asiático ou ocidental, algo que o próprio Jimenez conseguiu resolver. Ele também forneceu arte conceitual para os personagens.
Uma de suas maiores dificuldades foi tentar ajudar os desenvolvedores japoneses a entender os elementos de Dungeons & Dragons. Originalmente, o jogo deveria ter dois botões nos controles do fliperama, mas foram necessários mais dois para atender ao sistema de inventário.[1]
Quando o design do jogo inicial foi concluído, Jimenez o transformou em um cenário real de Dungeons & Dragons e mestrou uma campanha com um grupo de jogadores de San Jose. A Capcom do Japão revisou o design do cenário com base nas reações dos jogadores.[2]
A versão do nosso link de download do Dungeons & Dragons: Tower of Doom é a que vem com a sua sequência Dungeons & Dragons: Shadow over Mystara na coletânea Dungeons & Dragons: Chronicles of Mystara, disponível atualmente no Steam para Windows.
Ao que parece, essa versão conta com várias novas funcionalidades, como leaderboards e multiplayer online, onde os jogadores podem entrar ou sair das partidas quando quiserem.
Essa coletânea também conta com versões para PS3, Xbox 360 e Wii U.
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