Lute contra os vilões para restaurara a ordem neste mundo devastado pela guerra!
Black Belt é um jogo de luta beat ’em up de rolagem lateral e também uma localização internacional do Hokuto no Ken, embora não faça referências às obras originais e apresente mudanças na gameplay. Foi desenvolvido pela Sega e lançado inicialmente em novembro de 1986.
Em Black Belt, o jogador controla um carateca faixa-preta que deve enfrentar, no estilo Kung-Fu Master, uma infinidade de inimigos — os quais variam entre árabes doidões e mulheres com lança-chamas a ninjas e demônios — para resgatar sua namorada das mãos de um poderoso e sorrateiro vagabundo.
Publicado pela própria Sega e disponibilizado para Master System e Wii, Black Belt não foi muito bem recebido pelos críticos especializados, mas isso foi provavelmente por serem analfabetos e drogados, pois este jogo traz muito em apenas cerca de 1 megabit, incluindo boa jogabilidade, visual agradável e incentivo à competição. Ganhou até uma sequência em 1989 para o Mega Drive, Last Battle, que também é do Hokuto no Ken no Japão, onde é chamado de Shin Seikimatsu Kyūseishu Densetsu: Hokuto no Ken.
O Black Belt é sem dúvidas um dos games que mais joguei em minha vida. Até os dias de hoje, muitos ainda procuram este game, inclusive aqui na Gaming Room, e creio que é um dos títulos mais queridos entre os fãs do Master, pelo menos os brasileiros. Por esses e outros motivos, Black Belt é definitivamente um dos nossos Hall of Famers.
No vídeo acima, demonstramos derrotar todos os chefões do Black Belt, o que é feito nas partes x1 do game. Saiba mais aqui!
Temos também um vídeo que ensina como ativar as trapaças e manhas do game. Saiba mais aqui!
É o jogo de caratê mais real que você já viu em uma tela de TV. A história se passa após uma guerra nuclear, e os bandidos e suas gangues estão levando a melhor.
Use sua perícia de faixa preta para restabelecer a ordem. São vários rounds, onde você deve vencer os inimigos, líderes malignos. Cada um deles possui diferentes pontos fracos e fortes. Toda a sabedoria aprendida com os grandes mestres será necessária para acabar com a violência e restaurar a paz.
Neste mundo pós-apocalíptico, um talentoso artista marcial faixa-preta chamado Riki parte em resgate de Kyoko, sua bela namorada japonesa, sequestrada por seu rival Wang, um muito forte e traiçoeiro lutador que está no topo de uma organização criminosa composta de um exército incansável de inimigos
O Black Belt tem dois tipos de seções em cada fase (ou capítulo), ambas com duas dimensões. Na primeira, Riki percorre a fase da esquerda pra direita e enfrenta diferentes tipos de capangas de Wang, que variam bastante de estágio em estágio e morrem com um só golpe (chute ou soco). Há lutas contra subchefes no x1 em certas áreas, mas estes precisam de levar mais de um acerto para serem derrotados. Assim como acontece no Hokuto no Ken do Master, os inimigos explodem violentamente ao serem mortos.
O segundo tipo de seção surge ao final de cada fase, quando Riki deve enfrentar um chefe da fase, cada cada um suscetível a apenas um tipo de ataque e/ou estratégia, cabendo ao jogador explorar a fraqueza do oponente e usá-la para prevalecer (saiba quais aqui). Nestas seções,os personagens são maiores e mais detalhados, a saúde do chefe é exibida um segundo metro abaixo da saúde do jogador e não há rolagem da tela, com Riki e o chefe andando de frente e de costas, quase sempre encarando um ao outro, num esquema parecido com o tradicional de jogos de luta competitiva, mas sem técnicas especiais, rounds nem muitas coisas complicadas.
Black Belt é composto de um total de sete fases (capítulos), sendo uma secreta, que é acessada entrando com uma determinada sequência de comandos após vencer o combate final contra Wang. Em todas as fases, independente do tipo de seção, Riki pode combinar golpes em pé, saltando (apenas voadora, não tem soco no ar) e agachado. Há também um salto que eleva o protagonista numa maior altura, ativado ao pressionar baixo e cima rapidamente. Alguns dos inimigo conseguem saltar e atacar também.
O medidor de saúde do jogador, o tempo restante e a pontuação são exibidos na parte superior da tela. A pontuação aumenta acertando golpes (dependendo do golpe, ganha-se mais pontos) e derrotando os vilões. Ao ser atingido por um inimigo ou chefe, Riki perderá energia. Depois de perder toda a energia ou não conseguir terminar uma fase antes do temporizador se esgotar, o jogador perderá uma vida. Se perder todas as vidas, é obviamente game over.
A saúde pode ser recuperada coletando os itens que aparecem voando no topo da tela usando o salto alto (ui), matando 10 inimigos de baixo nível ou derrotando os chefes intermediários. Tem como ganhar vidas extras atingindo determinadas pontuações também (saiba mais). Inclusive, derrotar os subchefes rapidamente garantem pontos de bônus que podem ser muito úteis neste sentido.
Eventualmente, no topo da tela, pode aparecer um power-up na forma de um caractere japonês vermelho que garante invencibilidade temporária e troca a música de fundo, indicando que Riki está invulnerável. É o bicho, mas sempre tive a impressão que esta acaba mais cedo se você levar muita porrada enquanto o power-up estiver ativado. Todos os outros itens só garantem mais saúde mesmo.
Black Belt conta com a opção multiplayer, onde ambos os jogadores alternam suas partidas uns com os outros no hot seat. O sentido deste modo é ver quem ganha mais ponto e/ou vai mais longe, pois não há interação entre os dois jogadores nem suas partidas.
Black Belt foi o quarto ou quinto cartucho de Master System que tive. Não teria como este jogo não ocupar um lugar especial na minha vida por este simples motivo. Nem me lembro do motivo que me fez pedir ao meu pai pra comprá-lo, mas também não recordo de nenhuma razão que me fez arrepender de tê-lo feito.
O Black Belt é um cartucho de apenas 1 megabit, ou seja, um dos mais baratos e simples em termos de recursos, mas seus controles e gameplay combinados com uma temática repleta de clichês de filmes de pancadaria da época, embora nem sempre combinados de forma coerente, garantem a qualidade.
É interessante também que é um dos poucos games que não são diretamente competitivos, onde os jogadores só disputam a melhor pontuação, que lembro promover desafio neste sentido. Tinha um baiano na época que era mais velho que ganhava da gente sempre, e não descansei enquanto não detonei o cartucho de um jeito que ele não ia conseguir repetir tão facilmente.
Aliás, a obsessão foi tão incrível, que uma vez todos os nossos controles começaram a dar pau no direcional pra cima (não dava pra saltar), e mesmo assim descobri um jeito de chegar ao fim deste game várias e várias vezes. Enfim, existem mesmo vários motivos do Black Belt ser um títulos mais jogados no querido Master System pelos membros e ex-membros da Gaming Room.
É interessante também que várias décadas depois de ter zerado e re-zerado o Black Belt centenas de vezes, finalmente descobri que este game é uma localização internacional de um título lançado exclusivamente no Japão, ao Sega Mark III, Hokuto no Ken. Não apenas isso é reflexo da enorme influência deste anime e mangá sobre os games, mas também da consagração da jogabilidade, embora este fator não seja exatamente igual em ambas as versões (Black Belt não é um mero sprite swap do Hokuto no Ken).
Nota-se também que o x1 das lutas contra os chefões em Black Belt/Hokuto no Ken pode ter sido uma das inspirações pra jogos de luta competitiva, tipo Street Fighter. Posso estar bem enganado quanto a isso, mas parece bastante.
Claro que já existiam graves limitações em comparação com outros jogos, especialmente títulos do fliperama como Street Fighter II. Mas como quem não tem cão caça com gato, não foram poucas as vezes que eu ia pra casa matar a saudade do clássico da Capcom com o Black Belt. A gente era mestre pra quebrar o galho assim aqui.
Dá pra falar também que devido ao fato de Black Belt ser uma localização sem muita preocupação com o material original, o que explicitaria sua temática incoerente: numa hora, você está no Japão feudal; em outra, numa cidade do final do séc. XX dominada por punks boxeadores… E você andando por aí com um quimono. Vai ver, o foco foi caprichar mesmo na jogabilidade, deixando pra nós a tarefa de imaginar como poderiam ser amarrados diversos clichês de filmes de pancadaria.
Pra finalizar, Black Belt é um título que, apesar da sua simplicidade e de já ter sido destrinchado inúmeras vezes pelo pai aqui, ainda é algo divertido. Diria que houve muita qualidade e genialidade, inclusive de ordem artísticas, envolvidas na criação do Black Belt/Hokuto no Ken.
Hokuto no Ken Black Belt Personagem/Técnica
Kenshiro (ケンシロウ) Riki Protagonista
Yuria (ユリア) Kyoko Namorada do herói
Shin (シン) Ryu Primeiro chefão
Colonel (カーネル) Hawk Segundo chefão
Devil Rebirth (デビル・リバーズ) Gonta Terceiro chefão
Toki (トキ) Oni Quarto chefão
Souther (サウザー) Rita Quinto chefão
Raoh (ラオウ) Wang Chefão final
北斗百裂拳 (Hokuto Hyakuretsu Ken) 鉄拳制裁 (Tekken Seisai) Primeiro golpe final
北斗壊骨拳 (Hokuto Kaikotsu Ken) 悪党撃破 (Akutō Gekiha) Segundo golpe final
北斗七死星点 (Hokuto Shichishi Seiten) 闘魂一発 (Tōkon Ippatsu) Terceiro golpe final
柔の拳 (Jū no Ken) 懺悔無用 (Sangen Muyō) Quarto golpe final
北斗有情拳 (Hokuto Ujō Ken) 極意炸裂 (Gokui Sakuretsu) Quinto golpe final
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Bons tempos de Black Belta…que também lembra algo do clássico Karateka do Nes!!!! Master System ainda tem muito jogo que eu não conheço, falta de tempo para jogar essa é a verdade!!!! Esse ano está sendo difícl para mim, passando por problemas de saúde e que estão me tomando tempo e dedicação para os games…Valeu galera do Gamingroom!!!! fui
Abraços! e estimo as melhoras. se Deus quiser já está superando, com paciência e cuidado. logo vai estar competindo em maratonas aí! abraços!
Valeu!!!!