Total Annihilation

Total Annihilation é um jogo de estratégia em tempo real futurista criado pela Cavedog Entertainment e lançado em 28 de abril de 1998 pela GT Interactive Software para Windows e Mac.


5 de junho de 2020

Total Annihilation é um jogo de estratégia em tempo real futurista criado pela Cavedog Entertainment e lançado em 28 de abril de 1998 pela GT Interactive Software para Windows e Mac.

Além do virtualmente ilimitado conteúdo criado pelos próprios jogadores, em 28 de abril de 1998, dois pacotes de expansões foram lançados, The Core Contingency e Battle Tactics, os quais são atualmente disponíveis no Total Annihilation: Commander Pack.

O jogo foi muito bem aceito pela crítica, inclusive recebendo prêmios (mais de 57), e pelo mercado. Pode-se dizer que o Total Annihilation continua um nome relevante no gênero até os dias de hoje, o que pode se notar tanto nas milhares de análises extremamente positivas nas lojas online quanto na dedicação que a fanbase sempre teve, criando mods, mapas, remakes etc.

Vídeos

O vídeo acima traz uma cinemática maneira do jogo.

Já no anterior, temos uns 40 minutos do gameplay do total Annihilation: Commander Pack.

Sinopse do enredo

O que começou como um conflito sobre a transferência de consciência da carne para as máquinas se transformou em uma guerra que dizimou um milhão de mundos. O Core e o Arm praticamente esgotaram os recursos de uma galáxia inteira em uma batalha pelo domínio. Ambos os lados estão agora incapacitados, mas os remanescentes de seus exércitos continuam lutando contra planetas devastados, com seu ódio alimentado por mais de quatro mil anos de guerra total. Esta é uma luta até a morte. Para cada lado, o único resultado aceitável é a eliminação completa do outro.

História

Num futuro distante, a galáxia é governada por um corpo central de seres humanos e inteligências artificiais chamado Core (uma contração do “Repositório de Consciência”). Os triunfos tecnológicos e econômicos do Core permitiram à humanidade colonizar a maior parte da Via Láctea e desfrutar de paz e prosperidade. No entanto, o equilíbrio é quebrado por uma inovação tecnológica que permite que a consciência de um ser humano seja transferida de maneira confiável para uma máquina, garantindo teoricamente vida infinita, um processo que foi chamado “padronização”. Seguindo um mandato imposto à humanidade pelo Core, todos devem ser submetidos à padronização como medida de saúde pública. Entretanto, colônias localizadas às margens da galáxia se rebelam contra essa palhaçada, recusando-se a abandonar seu patrimônio cultural, e formam a facção rebelde Arm. Uma guerra que durou 4.000 anos se seguiu, com os Arm produzindo clones em massa para pilotar seus veículos e o Core duplicando microchips de consciência para pilotar suas próprias máquinas.

Gameplay

O Total Annihilation se passa 4000 anos no futuro, quando as duas facções do RTS, Core e Arm, usam tecnologias super avançadas – desde armas de plasma e robôs gigantes à embaralhadores de sonares – em suas batalhas, que por sua vez se passam nas superfícies de planetas e luas.

Geralmente, os jogadores devem construir uma base defensiva e uma força de ataque para conquistar os oponentes, enquanto coleta e gerencia recursos, faz reconhecimento etc. Existe tanto a campanha single player, guiada pela historia e contra a inteligência artificial, como o modo multiplayer, que consiste em skirmishes onde se vence quando o oponente é totalmente aniquilado.

Os objetivos das missões vão desde destruir alvos específicos e resgatar reféns até capturar a base inimiga e usá-la na próxima missão. Geralmente, deve-se construir uma base, embora em algumas ocasiões, apenas se controla uma força de ataque. É algo que chamo de “fase de comando”.

Quando conheci o Total Annihilation, me chamou a atenção a quantidade de elementos inéditos até mesmo nos grandes nomes do gênero à época, como o Command & Conquer e o Warcraft. Logo de cara, o jogador começa suas missões apenas com unidade que é a mais poderosa do game, o Commander, que pode extrair recursos sem precisar de retornar à base, construir as outras paradas e deve ser protegido a todo custo, por ser insubstituível. O Commander também tem uma arma que vaporiza qualquer coisa que atinge, pode ficar invisível e tem a habilidade de atravessar água.

A interface é também muitíssimo interessante devido à capacidade de “enfileirar” comandos para uma unidade ou grupo de unidades. Você pode mandar a galera patrulhar uma rota, construir um grupo defensivo de estruturas e atacar unidades inimigas, tudo na sequência. A unidade que recebeu os comandos os fará automaticamente, minimizando assim a necessidade de atenção a tarefas pequenas e repetitivas. Claro, as unidades que recebem sequências de comandos não ficam invencíveis, portanto não se deve ignorá-las completamente, a não ser que você não ligue caso sejam destruídas pelos inimigos.

Há também diferença na maneira em que se lida com recursos, metal e energia: estes são acumulados em uma taxa constante em vez de pequenos lotes, sendo também ilimitados. Isso influencia nas partidas quando, por exemplo, a taxa em que o jogador extrai recursos é inferior à que ele realiza construções, o que vai esgotando as suas reservas. Caso estas fiquem totalmente zeradas, as unidades e estruturas serão criadas em uma velocidade inversamente proporcional ao tamanho do déficit de recursos. Este aspecto é chamado de “nanostalling” no jogo e não adianta chamar a Dilma para pedalar. Além disso, se o jogador ficar sem energia, as estruturas como torres de radar, extratores de metal e torres de laser que estiverem sob seu comando deixarão de funcionar.

Um detalhe que achei muito bacana quando conheci o TA é o fato de poder coletar destroços de unidades ou estruturas destruídas e usá-los como recursos próprios. Alguns mapas também possuem plantas ou outros corpos orgânicos que podem ser transformados em energia. É tipo uma forma de reciclagem.

Outra novidade trazida é o terreno 3D que apresenta elevações que têm efeito nas partidas. Por exemplo, colinas podem obstruir fogo da artilharia, enquanto altitudes podem influenciar o alcance das unidades. Isso é graças ao engine de física que também controla projéteis, explosões e destroços. Estruturas podem ser construídas em terrenos íngremes, algo também inovador, para protegê-las do fogo da artilharia e criar pontos de estrangulamento.

Aspectos de cenário são outros fatores que terão peso nas missões. Alguns mapas têm fortes rajadas de vento e são mais adequados para coletar energia através de moinhos de vento. As plantas são inflamáveis e pegam fogo se você atirar nelas. A ambientação também pode influenciar na questão de recursos: planetas mais tecnológicos tem mais metal, enquanto os com mais natureza oferecem mais energia.

A construção pode ser realizada por fábricas ou unidades de construção móveis. Cada unidade pertence a um nível de tecnologia (tech level). Quanto mais avançada uma unidade é, mais recursos e tempo serão despendidos para construí-la.

Curiosidades

  • O Total Annihilation foi baseado em uma ideia que Chris Taylor, o designer líder deste título, teve, aos 14 anos de idade, para um jogo.
  • Depois que a Cavedog fechou as portas, Taylor foi para a Gas Powered Games em 2007 trabalhar no Supreme Commander, jogo considerado sucessor espiritual do Total Annihilation.
  • O desenvolvedor do engine do RTS, Jon Mavor, partiu para desenvolver o Planetary Annihilation em 2014, outro jogo na linha do Total Annihilation.
  • O Total Annihilation é um dos títulos citados no livro 1001 Video games you must play before you die (“1001 jogos que você precisa jogar antes de morrer”) escrito pelo General Editor Tony Mott.
  • Como dito acima, o Total Annihilation tradicionalmente sempre teve uma fanbase muito forte em termos de modding e tal. Os Swedish Yankspankers, criadores do XTA (um mod para o Total Annihilation), acabaram desenvolvendo independentemente o Spring, um engine de gráficos 3D para jogos.
  • Algo também supracitado, o Total Annihilation foi um grande sucesso para a Cavedog: foi lançado simultaneamente em três idiomas em 14 países à 27 de setembro, vendendo mais de 250.000 cópias no varejo durante o seu primeiro mês de lançamento.
  • O título de desenvolvimento do Total Annihilation era “Really Cool War Game”. Este nome foi reutilizado para uma piada de 1º de abril em 1999, quando a Cavedog supostamente teve que renomear todas as suas marcas registradas, incluindo o nome do jogo, devido a “um conflito legal com o Escritório de Marcas e Patentes dos EUA”.
  • Em julho de 2013, a Wargaming comprou a franquia Total Annihilation da Atari, que estava em falência. Pelo que entendi, a Wargaming é a responsável pelo relançamento do jogo no Steam e no GOG.

Trilha sonora

A trilha sonora orquestral que o Total Annihilation apresenta foi composta por Jeremy Soule e tocada pela orquestra Northwest Sinfonia, de 95 peças. A música muda de acordo com os eventos: durante uma batalha, tem-se uma canção mais alta e frenética. Durante o reparo de danos ou construções, uma faixa mais ambiente e misteriosa é reproduzida. Acho que esse lance nos RTS começou com o Dune II.

Enfim, a versão original do jogo em CD podia tocar a OST se você metesse o disco em um CD player comum, algo que também dá para fazer com o Rebel Assault II ou X-Wing vs. TIE Fighter. Além disso, dá para você tirar o CD do jogo durante a partida e colocar um disco de áudio comum para substituir a música do Total Annihilation. É possível até programar as faixas personalizadas do CD de áudio para as várias situações do campo de batalha (conflito, construção, derrota etc.) como se fossem o padrão.

Deve ser desnecessário lembrar que esses lances do CD não irão funcionar nas versões do jogo que são distribuídas digitalmente, por motivos óbvios.

Expansões

  • DLC – A Cavedog começou em 1997 a oferecer conteúdo extra gratuito em DLCs para o Total Annihilation, como novas unidades, mapas e cenários.
  • The Core Contingency – A Cavedog soltou The Core Contingency um ano após o lançamento do Total Annihilation. A expansão possui 25 novas missões e 75 novas unidades, continua a história após o final da campanha Arm e também vem com o editor que permite criar mapas e missões.
  • Battle Tactics – O Battle Tactics ficou disponível um mês depois de liberarem o The Core Contingengy. Este pacote de expansão traz quatro novas unidades, 100 missões adicionais e um enfoque experimental no gameplay do Total Annihilation que tem menos ênfase na construção de bases.
  • Total Annihilation: Commander Pack – Este pacote é atualmente distribuído no GOG e vem com o Total Annihilation, The Core Contingency e o Battle Tactics. Têm mais informações abaixo.

Screenshots

Sobre o download

O download que temos nesta publicação é do Total Annihilation: Commander Pack no GOG, o pacote que vem com o jogo original e duas expansões oficiais: The Core Contingency e Battle Tactics. Além disso, inclui o manual (65 páginas), editor de mapas e trilha sonora.

O jogo pode ser também encontrado no Steam, mas, pelo menos até o momento, sem as expansões.

Idiomas disponíveis

  • Áudio e texto: inglês.

Requerimentos mínimos em sistema

  • Sistemas operacionais: Windows XP ou Vista;
  • Processador: 1 GHz;
  • Memória: 256 MB de RAM;
  • Gráficos: placa de vídeo 3D compatível com DirectX 7 (DirectX 9 recomendado).
  • Aviso de compatibilidade para ATI/AMD: o Commander Pack requer drivers de placa de vídeo na versão 13.4 ou mais antigas.

Veja também

Download e ficha técnica

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