Sid Meyer’s Colonization foi lançado em 1994 pela Microprose e é um clássico game de estratégia inspirado (ou que segue a linha de) outro grande jogo do gênero e da firma, o Civilization.
Ambos os jogos guardam semelhanças visíveis, como o sistema de turnos, mas algumas diferenças marcam profundamente o Colonization. A primeira, e mais óbvia, é o enredo, que se passa no período colonial das Américas (mais ou menos entre 1442 até 1850), onde o jogador escolhe qual dos quatro reinos europeus, sendo estes a Espanha, Holanda, França e Inglaterra (cada um com vantagens únicas), que vai comandar a expansão no Novo Mundo.
Cada potência tem vantagens únicas:
O sistema de unidades do jogo é bem distinto do Civilization também. Existe uma imensa variedade destas. Algumas são colonos, que podem ser desde de criminosos mesquinhos, colonos livres, até ferreiros, lenhadores, carpinteiros ou soldados veteranos. Outras são compradas ou produzidas nas colônias (que fazem o papel das cidades do Civ), como os vagões de trens, artilharia ou os navios. Existem também várias nações indígenas que também podem ser convertidas e tornarem se amigas (ou inimigas):
É bacana que os colonos podem aprender suas especialidades também. Por exemplo, um servente sem habilidade pode se tornar um pescador através de educação, ou virar um soldado veterano a medida em que vai vencendo as batalhas contra índios ou colonos europeus adversários.
Outra característica única e interessante do Colonization é a economia do jogo. Existem vários tipos de mercadorias, que você pode vender ou usar como matéria prima para outros bens. Por exemplo, cana de açúcar se transforma em Rum (eu acho que deveria se transformar em pinga), tabaco em cigarros, minérios de ferro em ferramentas, as quais por sua vez podem ser usadas tanto para construção de estradas e converter o terreno (semelhante aos colonos do Civilization), como para criar os mosquetes, que são armas do game. Você você precisa de 50 mosquetes para equipar um colono para transformá-lo em soldado ou um dragão (com cavalos, que também são bens). Para ganhar gold você pode vender estas mercadorias para a sua metrópole, para os índios ou para os outros europeus.
Além da variedade de recursos, também é interessante em que eles se tornam commodities, ou seja, seu preço pode variar no mercado internacional, cabendo ao jogador decidir o que produzir e vender, ou para quem vender. Também tem o Congresso Continental, que são figuras históricas reais e importantes, que atuaram em aspectos relevantes no período colonial. No jogo existem vários conselheiros que são escolhidos pelo jogador para entrar no Congresso, para atuar em alguma da seguintes áreas: religião, exploração, política, militar ou comércio. Cada conselheiro trás consigo uma vantagem única e geralmente bastante útil (semelhante ao sistema de Maravilhas do Mundo do Civilization) e entra para o Congresso Continental à medida em que são gerados os Sinos da Liberdade, nos Town Halls de cada colônia (o processo aumenta quando ocupados por algum colono, que se torna um homem de estado, ou Statesman.
Estas características tornam o gameplay do Colonization extremamente dinâmico, proporcionando várias possibilidades para o jogador se divertir com este jogo várias e várias vezes! Sem contar o fato que o ambiente é muito agradável, as músicas e gráficos foram bem trabalhadas (para a época, e claro), dando mesmo a impressão que você está em uma aula de história!
Recentemente (2008, 15 anos depois) a Fireaxis fez um remake do Colonization com o engine do Civilization IV. Não tivemos a oportunidade de experimentar ainda, mas parece interessante…
Outra coisa rox do Colonization é que ele pode rodar no seu PC facilmente usando o DOSBox, visto que a versão original deste game é para o MS-DOS, embora tenham sido lançadas versões para Windows, Amiga e Macintosh posteriormente.
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