WRATH: Aeon of Ruin

Uma vez à deriva no Oceano Sem Idade, agora você se encontra às margens de um mundo moribundo.


27 de novembro de 2019

WRATH: Aeon of Ruin é um jogo de tiro em primeira pessoa desenvolvido pela KillPixel Games sobre uma versão modificada do engine do Quake, sendo o primeiro grande título deste motor lançado em quase 20 anos.

O WRATH apresenta uma gameplay típica dos jogos do gênero dos anos noventa, como Doom, Blood, Hexen e, claro, o Quake, tanto pela temática quanto pelo combate acelerado. Além disto, o FPS tem uns elementos típicos de RPG, como upgrades para as habilidades do protagonista.

Por fim, o jogo foi liberado com acesso limitado pela 3D Realms (a mesma do Duke Nukem 3D e Shadow Warrior) e pela 1C Entertainment, em 22 de novembro de 2019, como noticiamos aqui, tendo sua data oficial de lançamento em 2020. Pelo menos até o momento, o WRATH está sendo bem recebido.

Vídeos

Acima, temos o trailer oficial do WRATH: Aeon of Ruin.

Já o vídeo anterior é um review feito pelo GmanLives deste game. Em inglês.

Enredo

Outlander, uma figura misteriosa, encontra-se à deriva no Oceano Sem Idade, nas margens de um mundo agonizante, onde é abordado por uma figura envolta em branco. Saindo das trevas, o Pastor das Almas Desobedientes o encarrega de caçar os Guardiões do Velho Mundo, antigos protetores angélicos que caíram na corrupção e são responsáveis pela destruição deste lugar assustador e perigoso.

Agora, com a ajuda de armas excepcionalmente formidáveis e artefatos poderosos, Outlander deve partir em uma jornada para explorar criptas antigas, ruínas submersas, templos profanados e florestas sinistras, combatendo os horrores que espreitam pelas trevas e levando a morte aos seus inimigos.

Gameplay

O WRATH conta com nove armas e dez artefatos que podem ser usados pelo jogador para atravessar três mundos, cada um com tema central único e conectando 5 fases. Estes mundos funcionam como hubs que ligam os mapas single player do game, 15 no total, fazendo do progresso neste FPS ser não-linear. A 3D Realms descreveu isto como uma “filosofia de design de nível aberto, onde cada nível tem vários caminhos, todos retornando ao caminho principal, tornando-os mais expansivos”.

As armas variam entre uma lâmina acoplada no pulso do protagonista a um lançador de projéteis de alta potência, todas com modos de tiro alternativo. A munição é recolhida pelas fases mundo ou dropam literalmente dos inimigos. Por exemplo, o Retcher e o Fangspitter são recarregados com cistos e dentes arrancados dos cadáveres dos monstros. Essas armas geralmente não são muito eficientes contra o tipo inimigo que fornece sua munição, pressionando o jogador a usar estratégia para maximizar sua performance.

Os artefatos, por sua vez, podem oferecer aprimoramentos ofensivos ou defensivos. Por exemplo, o Cruel Aegis concede invencibilidade a curto prazo, mas quase consome totalmente a saúde do Outlander.

O sistema de save game deste FPS é bem original. Como no Quake, o jogador pode salvar a partida a qualquer momento, mas, no WRATH, deve-se gastar um pick-up chamado Soul Tether por vez. Ou seja, este recurso é limitado e depende de recolher tais itens pelo games. Também existem alguns shrines (santuários) no jogo que funcionam como checkpoints, ou seja, se você morrer, deve poder escolher retornar em tal ponto.

O WRATH deve apresentar modos multiplayer de deathmatch baseados no código de rede QuakeWorld. A 3D Realms afirmou que já planejou modos adicionais após o lançamento, bem como uma campanha cooperativa para 4 jogadores.

Destaques

Segundo os responsáveis pelo jogo, o WRATH apresenta:

  • Combate rico e envolvente em ambientações diversas e enredo cativante. Cada elemento é habilmente entrelaçado para criar uma experiência tão autêntica e atemporal quanto os jogos que o inspiraram;
  • Um vasto mundo envolto em trevas, apaixonadamente trabalhado pelas mãos de necromantes especialistas em Quake, para explorar*;
  • Muitos inimigos para conhecer e combater;
  • Limite de 666 frames por segundo;
  • Compatível com Voodoo 2 e suporte a renderização por software;
  • Suporte a modding para o jogador criar suas próprias fases, armas, inimigos, personagens etc. As ferramentas para criar mods para o WRATH serão disponibilizadas para todos;
  • Trilha sonora composta pelo Andrew Hulshult (quem trabalhou em Quake Champions, Brutal Doom, DUSK, Amid Evil e outros) e Bjørn Jacobson (CyberPunk 2077, Hitman EVE Online).

* Isso deve ser frescura uma forma poética para dizer que as fases do WRATH foram criadas por mappers experientes de Quake.

Curiosidades

  • Rumores sobre o desenvolvimento do WRATH: Aeon of Ruin surgiram logo após o Ion Fury, outro FPS novo que usa engine de um jogo antigo lançado pela 3D Realms (então chamado de Ion Maiden), começou a ganhar evidência. Isto não demorou muito a ser confirmado e as cenas liberadas do WRATH foram muito bem aceitas pelo público, mesmo com a presepada que aconteceu com a 3D Realms por causa do Ion Fury.
  • O WRATH: Aeon of Ruin começou como um projeto independente de Jeremiah ‘KillPixel’ Fox, quem, depois de descobrir a comunidade de modders do Quake, reconheceu o potencial de usar as ferramentas disponíveis gratuitamente para criar um novo jogo. O WRATH foi concebido como um FPS que “se baseia fortemente no combate de Doom, na interatividade do Duke Nukem 3D, na consciência espacial do Quake e no tema mais sombrio do Hexen“.
  • O WRATH tomou forma como um jogo moderno construído com tecnologias retrô. Com esse conceito em mente, Fox deixou o emprego e começou a desenvolver o jogo com a ajuda de um programador de meio período.
  • Após vários anos de desenvolvimento, Fox foi ao canal do Discord da 3D Realms, depois de assistir o trailer de Ion Maiden, jogo que considerou a competição mais imediata ao seu projeto. Eventualmente, ele postou um pequeno vídeo de um protótipo de arma que chamou a atenção da 3D Realms. Esta firma então entrou em contato com Fox e o convidou a continuar o desenvolvendo o WRATH com uma equipe profissional, o que incluiu Andrew Hulshult e Bjørn Jacobsen compondo sua trilha sonora.
  • A escolha de construir o WRATH no engine do Quake representou um desafio, pois os desenvolvedores de jogos modernos geralmente não possuem experiência nestas ferramentas antigas. Por isto, a 3D Realms recrutou modders da comunidade do Quake, como Daniel “Cheello” Wienerson e o mapper Romain “Skacky” Barrilliot.
  • O objetivo do WRATH nunca foi simplesmente ser um FPS retrô contido pelas limitações técnicas do Quake. Por isto, modificações no engine garantiram aprimoramentos que não existiam na época do jogo da id Software, como maior taxa de frames por segundo, texturas mais detalhadas, resoluções maiores etc.

Screenshots

Sobre o download

O WRATH: Aeon of Ruins é um jogo pago e está disponível no GOG, para Windows. No momento desta publicação, o jogo está em acesso antecipado, oferecendo 2 mapas, 5 armas, 8 inimigos e 4 artefatos, mas, caso você o compre de uma vez, vai receber ele completo, quando ficar pronto, sem pagar nada.

Requerimentos em sistema

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Download e ficha técnica

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