Num mundo devastado pela guerra nuclear, um mestre das artes marciais, empunhando escudo e espada, não se curvará diante dos opressores.
Trojan, conhecido no Japão como Tatakai no Banka (闘いの挽歌), é um jogo de ação com temática pós-apocalíptica e rolagem lateral desenvolvido e lançado pela Capcom originalmente para os fliperamas em abril de 1986.
O Trojan foi posteriormente portado para outras plataformas, incluindo MS-DOS, e foi bem recebido pela crítica especializada na época, embora não tenha conseguido alcançar o sucesso ou deixar um legado como o Ghosts’n Goblins ou a série Mega Man, grandes nomes da Capcom já consagrados nos anos 80.
Acima, temos aqui o gameplay do antigo Trojan comentado e publicado pelo canal Defenestrando Jogos. O vídeo é bem descontraído sem deixar de ser informativo.
Já o vídeo anterior mostra a versão não lançada de ZX Spectrum do Trojan.
Em um mundo devastado pela guerra nuclear, surge um caudilho chamado Achilles, quem usa o medo, seus capangas e o monopólio da violência para governar os sobreviventes do apocalipse com punho de ferro. Ou seja, um político comum.
Mas eis que, dos escombros da antiga civilização, surge Ryu, um mestre das artes marciais que não se curvará diante dos opressores. Empunhando sua espada e escudo, o herói enfrentará todos os inimigos até encarar e derrotar o tirano na batalha final.
Podendo ser jogado por até duas pessoas que alternam suas vezes, o Trojan inicia em uma cidade em ruínas, uma das seis fases das quais o game consiste. Nestas, você vai usar seu escudo e espada para atacar e se defender das tropas deste caudilho maligno. Cada uma destas fases tem dois chefões, um no meio e outro no fim. Alguns inimigos são tão poderosos que te matarão instantaneamente se você não conseguir bloquear seus ataques. Além disto, tem que correr contra o relógio também, o que dificulta ainda mais as coisas.
De forma similar a games como Kung-Fu Master, Rush’n Attack e Hokuto no Ken, o Trojan usa o direcional para cima para saltar em vez de um botão separado para tal ação, como em outros jogos do gênero. Além do direcional, tem um botão para atacar e outro para usar o escudo para defender-se de ataques de projéteis, mágicos ou corpo a corpo. O escudo pode ser levantado enquanto o herói está parado em pé ou agachado, e pode ser colocado também nas direções verticais e diagonais. Alguns dos inimigos que atiram magias podem desarmar o jogador caso ele defenda seu ataque com o escudo, tendo então que recorrer a socos e chutes, ativados pelos botões de atacar e saltar, neste caso. Depois de certo tempo, o escudo e espada aparecem de novo na tela.
A versão de NES/Famicom do Trojan conta com várias diferenças significativas no jogo, como novos power-ups e salas secretas, além de um modo versus onde dois jogadores competem um contra o outro em batalhas de melhor de três rounds, o que parece bastante com os jogos de luta que a Capcom viria a lançar posteriormente. Neste modo versus, jogador 1 controla o herói do game e o 2 um inimigo que conta com habilidades idênticas. O port contido no Capcom Classics Collection Vol. 1, por sua vez, permite definir um botão para saltar para não ter que usar apenas o direcional pra cima, mesmo sendo uma versão emulada da versão de arcade do Trojan.
Existem muitas semelhanças entre o Trojan e o Ghosts’n Goblins, tanto nos elementos gráficos quanto no gameplay. Tem também similaridades com outros jogos da Capcom da época, como notado no vídeo do Celso acima.
Como falei acima, o Trojan foi portado para outras plataformas, saindo em algumas delas como parte de coletâneas:
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