Quase 30 anos depois de seu lançamento, Killing Time continua esquisito!
Neste vídeo originalmente publicado em 17 de outubro de 2024, o youtuber australiano GmanLives faz sua análise do remaster do Killing Time: Resurrected, a edição remasterizada de um peculiar jogo em primeira pessoa revivido pelos Nightdive Studios e Ziggurat Interactive recentemente.
A resenha, com 20 minutos e duração e muitas cenas do game em ação, aborda a narrativa, jogabilidade, inimigos e outros aspectos técnicos do Killing Time: Resurrected, destacando também o charme e as falhas de um jogo que, mesmo com quase três décadas de idade, ainda consegue entreter com sua combinação única de terror cômico e exploração labiríntica.
Resolvi trazer a resenha aqui tanto pra termos uma ideia se essa remasterização está prestando mesmo e pra mais conteúdo de Killing Time no site da Gaming Room. Como não tem legendas em PT-BR no vídeo, produzimos uma matéria (sim, uma análise da análise) para ajudar quem não domina este idioma a entender o que foi exposto pelo GmanLives.
Tipo, dá pra mandar traduzir a transcrição automática do vídeo em inglês ao português. Atualmente, tem ficado bem decente. Basta fuçar aí na barra de reprodução que tem uma opção que faz isso.
00:00
– Introdução02:25
– História e premissa08:54
– Jogabilidade e armas11:45
– Os inimigos16:26
– Críticas17:39
– Comentários finais19:33
– Apoiadores fantásticos (apoia eu também…)Desde o início, GmanLives destaca que Killing Time é mais um jogo resgatado do esquecimento dos anos 90, quando foi lançado originalmente no console 3DO e depois portado para PC. No entanto, cada versão tinha suas peculiaridades: a versão do 3DO possuía sprites digitalizados, enquanto a do computador, embora tivesse uma gameplay melhorada, sofria com sprites pré-renderizados de qualidade inferior.
Essa remasterização, que saiu em 18 de outubro de 2024, combina o melhor de cada versão: os sprites do 3DO com o design de nível e jogabilidade do PC, resultando na melhor versão possível do jogo, segundo Gman. Os Nightdive Studios também implementaram uma série de melhorias visuais e de jogabilidade, como texturas em alta resolução, controles mais responsivos, e suporte a 4K e 144 FPS, trazendo o título para os padrões modernos sem perder sua essência.
Atenção: para entender melhor esta análise aqui, tenha em mente que, embora a edição Resurrected traga melhorias em vários aspectos, o jogo em essência ainda é o mesmo, por isso a resenha deste remaster acaba sendo também um review do Killing Time original também.
No que diz respeito ao enredo, Killing Time coloca o jogador no papel de um egiptólogo que chega à Ilha Conway para investigar um artefato antigo, o “Water Clock”. A dona da ilha, Tess Conway, usou o artefato em um ritual malfadado que a transformou em uma entidade, espalhou seus restos mortais e fez com que todos na ilha desaparecessem ou se transformassem em criaturas horríveis. Sua missão é restaurar o equilíbrio, recolhendo os restos de Tess e destruindo o artefato.
Gman observa que, apesar do enredo parecer simples, a narrativa é enriquecida por FMV (full-motion video), onde os fantasmas dos antigos habitantes da ilha revelam mais sobre o que aconteceu. Essa abordagem narrativa, muito comum nos anos 90 com a popularização dos CD-ROMs, promove imersão, permitindo que os jogadores descubram aos poucos as motivações e segredos dos personagens.
Quanto à jogabilidade, Gman destaca que a estrutura principal de Killing Time envolve a exploração da ilha e a coleta de chaves coloridas que destravam diferentes áreas, algo que compara a Resident Evil e Doom. Contudo, também menciona que esse sistema de chaves, combinado com a ausência de direção clara, pode tornar a exploração repetitiva e frustrante em certos momentos.
Um dos pontos altos de Killing Time: Resurrected, assim como o original, segundo Gman, é a grande variedade de inimigos: desde zumbis com metralhadoras a jardineiros com tesouras, cães de duas cabeças, demônios, monstros Frankenstein e até mesmo bosta reanimada. O youtuber descreve o elenco de inimigos como um dos mais estranhos e bizarros já vistos em um FPS.
No entanto, ele também aponta que, embora a variedade visual seja impressionante, os inimigos se comportam de maneira muito semelhante uns aos outros, o que contribui para a monotonia do combate ao longo do jogo.
Uma crítica que Gman faz é à inconsistência da atmosfera do Killing Time. Embora em alguns momentos tenha uma atmosfera sombria e assustadora, essa imersão é frequentemente quebrada por elementos exageradamente cômicos, como inimigos com designs engraçados ou mudanças abruptas na música.
Outro ponto negativo levantado é o design de níveis, que muitas vezes força a exploração incessante procura de chaves ou interruptores, sem uma clara indicação de onde ir a seguir. Isso pode resultar em frustração, especialmente em áreas onde você fica preso devido à falta de uma única chave. Isso realmente é um saco.
Gman conclui que, embora Killing Time não seja um “clássico atemporal” ou uma “obra-prima oculta”, ainda é uma remasterização sólida de um shooter dos anos 90 que, na época, estava à frente do seu tempo em termos de storytelling e exploração de ambientes abertos. Os Nightdive Studios conseguiram modernizar o título e introduzi-lo para uma nova geração de jogadores, enquanto preserva seu charme e estranheza original.
Este remaster serve como uma forma divertida de matar o tempo (“killing time”), especialmente para fãs nostálgicos de shooters da era dos CD-ROMs e FMVs, mas pode não ter o apelo necessário para atrair um público mais moderno, que procura algo mais polido e menos confuso. Mas isso é bobagem. Talvez muita gente fresca e cheia de 9 horas torça o nariz, mas creio que uma boa parte do público moderno que tiver contato com jogos antigos (remasterizados ou não), porém bons, vão gostar.
Claro, se está procurando mods de Killing Time pra Doom, temos também. Além do Killing Time [PC] Monster Randomizer, sugiro o Killing Time Monsters for GZDoom. Dá uma fragada neste mod combinado com outros no vídeo abaixo:
A lista completa de mods usados na jogatina, em ordem de carregamento, segue abaixo:
Pronto. Tá entregue.
Vamos ver se essa análise do Ressurected vai ajudar a reduzir o déficit de Killing Time nesse site, ou pelo menos ajudar você a descobrir se vale a pena obter o remaster.
Só não deixe de deixar suas considerações sobre a resenha e/ou o jogo nos comentários.
Abraços!
Observação: se você gostou deste post ou ele lhe foi útil de alguma forma, por favor considere apoiar financeiramente a Gaming Room. Fico feliz só de ajudar, mas a contribuição do visitante é muito importante para que este site continua existindo e para que eu possa continuar provendo este tipo de conteúdo e melhorar cada vez mais. Acesse aqui e saiba como. Obrigado!